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Capital

Sem “piscinão” e limpeza em lago, córregos vivem sina de alagamentos

Aline dos Santos e Flávio Paes | 07/12/2015 16:34
Foto de 2011 registra alagamento na Via Parque. (Foto: Direto das Ruas)
Foto de 2011 registra alagamento na Via Parque. (Foto: Direto das Ruas)
Em 5 de dezembro de 2015, cena volta a se repetir.  (Foto: Direto das Ruas)
Em 5 de dezembro de 2015, cena volta a se repetir. (Foto: Direto das Ruas)

Apesar da semelhança, as duas fotos acima deste texto são divididas por quatro anos. A primeira é de 2011 e a segunda, do último sábado.

Neste intervalo de mais de 1.400 dias, obras foram executadas, sendo as últimas no ano passado, quando um segundo lago tomou forma no Parque das Nações sob a promessa de fim dos alagamentos na confluência das avenidas Via Parque, um dos pontos mais valorizados de Campo Grande.

Mas as intervenções e até um acordo intermediado pelo MPE (Ministério Público do Estado) ficaram, literalmente, embaixo das águas de dezembro.

Em 2014, a prefeitura e o governo do Estado assumiram compromisso para obras de contenção das águas pluviais e recuperação dos curso d'água que formam o córrego Prosa. Uma das responsabilidades da administração municipal era uma bacia de contenção próximo à avenida Hiroshima (fundos do Novotel), região da Mata do Jacinto.

Porém, conforme apurado pelo Campo Grande News, o “piscinão” não está pronto. Mas a drenagem que leva a água da região para o Prosa já funciona. Ou seja, numa incoerência, o córrego agora recebe água em maior volume e velocidade.

A bacia de contenção é para que a enxurrada chegasse mais “suave” no Prosa, além de reter sedimentos. Ontem, a reportagem foi ao segundo lago do Parque das Nações, onde é visível o processo de assoreamento. Sem paisagismo e ornamentos do grande lago, ele foi criado exclusivamente como medida antienchente.

Conforme o acordo, um dos compromissos do governo do Estado era o desassoreamento dos lagos no interior do Parque das Nações Indígenas. Visualmente, constata-se que o item não foi cumprido. A última limpeza foi em 2011.

O Prosa nasce no parque de mesmo nome, adentra o Parque das Nações, onde recebe a recarga do córrego Réveillon. Fora do parque, as águas do Prosa ganham “reforço” do córrego Sóter. No último sábado, foram 49 milímetros e o Sóter alagou a avenida Via Parque, reprovando obra de R$ 20 milhões.

A reportagem solicitou informação sobre a obra de drenagem à assessoria de imprensa da prefeitura. Já a assessoria de imprensa da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico) informou que o responsável está de licença nesta segunda-feira.

No Parque das Nações, segundo lago foi tomado por sedimentos. (Foto: Gerson Walber)
No Parque das Nações, segundo lago foi tomado por sedimentos. (Foto: Gerson Walber)
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