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Capital

Sem punição, vândalos picham livremente no bairro mais populoso

Alan Diógenes | 27/09/2014 11:19
Muros de residências e fachadas de lojas são alvos de pichadores. (Foto: Marcelo Victor)
Muros de residências e fachadas de lojas são alvos de pichadores. (Foto: Marcelo Victor)

Sem fiscalização ostensiva e medidas sociais para coibir o vandalismo, pichadores começaram a atacar no Bairro Aero Rancho, o mais populoso de Campo Grande. Muros de residências e fachadas de comércios são os principais alvos dos vândalos. Revoltada, a população diz que não sabe mais a quem recorrer para resolver o problema.

Esse é o caso do empresário José Maria Lisboa, 84 anos, que já viu as paredes das duas casas ao lado de sua loja serem pichadas. Ele teme ser o próximo a enfrentar a ação dos bandidos que teve início há seis meses. “Deveria ter um punição para esses pichadores. Não tem, por isso eles continuam fazendo. Esses indivíduos não têm noção nenhuma. A única noção que têm é de fazer sujeira”, comentou.

Quem passa pelo começo da Avenida Ezequiel Ferreira Lima, uma das vias mais conhecidas do bairro pela grande quantidade de lojas, logo vai perceber algumas fachadas de lojas ou de casas pichadas. Andando mais um pouco, já na região próxima ao Parque Ayrton Senna, a situação piora. No local é possível avistar rabiscos e desenhos que nem são interpretados pelas pessoas. As marcas são semelhantes umas as outras, como se fossem um tipo de código ou comunicação entre os vândalos.

A dona de casa Maria da Graça, 47, que mora na avenida, teve o muro da sua residência pichado. Ela havia acabado de passar o selador de parede para depois pintar com tinta, quando o fato aconteceu. Não querendo desperdiçar dinheiro, Maria desistiu da pintura.

“Estou vendendo minha casa, então precisava pintar as paredes. No período da manhã um rapaz tinha passado o selador para poder pintar o muro no outro dia. Quando foi a noite que eu estava saindo de casa vi o muro pichado. Desisti de pintar, para não gastar dinheiro atoa. Por que sei que esses pichadores gostam da cor branca para fazer esses rabiscos, se eu pintar, eles irão pichar de novo”, explicou.

Um outro morador que teve o muro de casa pichado pediu para não ser identificado com medo de represálias por parte dos pichadores. Ele afirmou que eles são usuários de drogas. "Durante a noite é cheio de usuários de drogas por aqui. São eles que praticam esse vandalismo. Acredito que deveria ter uma ação social para tirar esses jovens da rua, só assim o problema iria acabar", finalizou.

A Prefeitura de Campo Grande informou que se algum morador flagrar a ação de um dos vândalos pode acionar a Guarda Municipal pelo número 199, que as equipes irão investigar o caso.

Sobre as ações sociais para tirar os pichadores da rua, a prefeitura citou quatro entidades que realizam trabalhos sociais com esse intuito. São eles: Funsat (Fundação Social do Trabalho), Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Semju (Secretaria Municipal da Juventude) e a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social).

A assessoria de comunicação da Polícia Militar não atendeu os telefonemas para informar se há policiamento ostensivo pela região.

Rabiscos deixam muros e fachadas esteticamente "feios". (Foto: Marcelo Victor)
Rabiscos deixam muros e fachadas esteticamente "feios". (Foto: Marcelo Victor)
José pede punição para os vândalos. (Foto: Marcelo Victor)
José pede punição para os vândalos. (Foto: Marcelo Victor)
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