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Capital

Sem receber da Prefeitura, Santa Casa está sem estoque até de gaze

Flávio Paes | 20/11/2015 20:00
Hospital volta a alertar para o risco de suspensão do atendimento (Foto:Arquivo)
Hospital volta a alertar para o risco de suspensão do atendimento (Foto:Arquivo)

Com mais de R$ 15 milhões em atraso para receber da Prefeitura, a Santa Casa está na iminência de um colapso, com o estoque quase zerado de alguns materiais básicos, como gaze medicinal, soro, seringas, agulhas, material de desinfecção de leitos e medicamentos imprescindíveis, como antibióticos. Os fornecedores que até então vinham entregando ao hospital insumos assim que recebiam pagamentos em atraso, deixaram de atender o hospital e agora exigem pagamento a vista.

O alerta foi dado pela entidade da mantenedora do hospital que comunicou a situação às autoridades da área da Saúde, tanto estadual quanto municipal, Ministério Público e demais segmentos ligados ao setor pela Associação Beneficente, mantenedora da Santa Casa. As condições mínimas de atendimento estão no limite”, informou o presidente da ABCG Wilson Teslenco.

“Toda a assistência à saúde está comprometida e chegamos a uma situação de caos em que leitos que acabaram de ser desocupados não podem ser utilizados por outros pacientes pelo fato de não termos como promover a desinfecção”, lamenta Wilson Teslenco, ao explicar que “a assistência está sendo adaptada ao volume de material disponível, ou seja, estamos reduzindo o atendimento”.

Para se ter uma idéia da gravidade da situação, nas últimas semanas a Santa casa vem pedindo medicamento emprestado ao Hospital Regional para poder atender determinados casos. Neste fim de semana, segundo Wilson Teslenco, o hospital chega a um estado crítico em função da falta de recursos financeiros e a conseqüente redução dos insumos.

A prefeitura deve ao hospital R$ 15,6 milhões e ficou de liberar parte deste montante nesta sexta-feira, o que até as 17h não havia ocorrido. “A Santa Casa está literalmente pedindo socorro, pois não temos de onde tirar dinheiro para manter o atendimento à população”, finalizou Teslenco

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