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Capital

Sem R$ 400 para programa, garçom alega embriaguez para matar mulher

Luana Rodrigues | 09/10/2015 11:16
Jorge Armando Vieira Júnior, 36, disse que estava sob o efeito de drogas e álcool. (Foto: Fernando Antunes)
Jorge Armando Vieira Júnior, 36, disse que estava sob o efeito de drogas e álcool. (Foto: Fernando Antunes)

O garçom Jorge Armando Vieira Júnior, 36, disse em seu julgamento realizado na manhã de hoje(09), que estava sob o efeito de drogas e álcool, quando matou a golpes de tesoura a garota de programa Kátia Loup Pereira, de 20 anos e em seguida tentou contra a própria. O caso ocorreu no dia 27 de janeiro do ano passado, uma boate na Rua da Redenção, na Vila Americana, em Campo Grande.

De acordo com o que testemunhou Jorge, no dia do crime, ele havia consumido bebida alcoólica e cocaína, antes de contratar os serviços de Kátia. Depois, no momento do ato sexual, o acusado padeceu de disfunção erétil por causa dos efeitos da bebida e droga, e fez apenas sexo oral com a garota. No final do ato, ao ser cobrado pelo programa, ele disse que não possuía o valor combinado de R$ 400, o que teria levado os dois a discutirem.

O garçom afirmou ainda que não se lembra de detalhes importantes do crime como, por exemplo, porque amarrou a vítima com um cinto e enrolou o vestido dela em seu pescoço.

Conforme a denúncia da promotoria, Jorge amarrou a vítima com um cinto e passou a golpeá-la com uma tesoura na nuca, costas e tórax até a morte. Diante disso, o promotor afirma que o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que o denunciado contratou o programa sexual com a vítima, sem o dinheiro de contrapartida e, ao ser cobrado, passou a agredi-la com golpes mortais, tornando a conduta criminosa repugnante e repulsiva.

Além disso, o Ministério Público relatou que o garçom usou de meio cruel, eis que padeceu de intenso sofrimento físico e mental de forma desnecessária, pois suportou penosamente reiterados golpes em seu tórax, costas e nuca da moça. Outra acusação é de que o homem dificultou a defesa da vítima, já que a amarrou, desferiu inúmeros golpes na nuca, costas e tórax, impossibilitando que ela tivesse qualquer chance concreta de defesa.

Dia do crime - O dono da boate, Sandro Luiz Ribeiro Andrade, 47 anos, disse que chegou no local por volta das 15h, quando bateu e não foi atendido. Então, ele arrombou o estabelecimento e encontrou o casal dentro de um dos apartamentos.

O garçom estava vivo, mas respirava com dificuldades. A garota, que foi encontrada nua e com a calcinha na altura das coxas, estava morta e com o corpo em estado de rigidez.

O proprietário da boate informou que ela não trabalhava no estabelecimento. No entanto, ele suspeitava que a menina fosse garota de programa porque o garçom informado que iria contratar uma prostituta para passar a noite.

Morte de garota e garçom com faca no peito mobilizaram polícia. (Foto: Cleber Gellio)
Morte de garota e garçom com faca no peito mobilizaram polícia. (Foto: Cleber Gellio)
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