ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Sem secretários, audiência sobre Santa Casa tem dívida como tema principal

Luciana Brazil e Mariana Lopes | 21/11/2012 14:44
Audiência Pública foi realizada na manhã desta quarta-feira (Foto: Mariana Lopes)
Audiência Pública foi realizada na manhã desta quarta-feira (Foto: Mariana Lopes)

Durante audiência pública realizada na manhã de hoje na Câmara Municipal de Vereadores, a Comissão Especial de Parlamentares debateu a situação crítica por qual passa a Santa Casa de Campo Grande. Em discussão calorosa, a comissão ressaltou, de forma unânime, a importância de o hospital retornar à administração da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG).

Desde 2005, quando a junta interventora da Santa Casa, formada pela secretária Estadual de Saúde Beatriz Dolbhashi e pelo secretário Municipal Leandro Mazina, além de três técnicos, assumiu o hospital, a dívida da entidade tem aumentado vertiginosamente. O saldo negativo que era de R$37 milhões saltou para R$129 milhões.

Os secretários, convidados para a audiência de hoje, não compareceram, o que foi visto como descaso pelos parlamentares. A vereadora Thais Helena (PT) que havia convidado Mazina e Dolbashi para a audiência frisou que na próxima sessão os secretários serão convocados a estarem presentes.

O vereador Dr. Loester (PMDB), presidente da comissão, explicou que a audiência tinha também como objetivo a produção de um relatório que descreva a situação do hospital, já que alguns vereadores estão finalizando o mandato e novos parlamentares iniciam na Casa de Leis.

Em pronunciamento, o vereador Athayde Nery (PPS), relator da comisão, se solidarizou com a associação fez questão de frisar que o hospital deve ser devolvido a associação.

Valter Pereira, ex-senador e membro da Associação Beneficente, acusou o MPE (MINistério Público Estadual) de fazer corpo mole, diante da situação. “Estão assaltando a Santa Casa e não tem ninguém que faça a fiscalização. Reduziram o atendimento pela metade e triplicaram o gasto, além da dívida que só aumentou”.

Segundo o presidente da ABCG, Wilson Teslenco, a associação está preparada para assumir, mas reforçou a idéia que os cargos devem ser assumidos por técnicos.

“Não queremos políticos nos cargos, mas sim profissionais técnicos para fazer a gestão do hospital”.

O fim da intervenção do hospital está prevista para abril do próximo ano, de acordo com a determinação da justiça. Wilson destaca que a expectativa é da entrega, mas se ela não ocorrer até o tempo determinado, que seja menos, iniciado o processo de transição.

A Comissão Especial para apurar problemas da Santa Casa enviou 13 questões à junta, mas segundo a comissão, apenas oito.

A junta interventora foi nomeada após ação conjunta dos Ministérios Público, Estadual Federal e do Trabalho.

Nos siga no Google Notícias