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Capital

Sem vagas em hospitais, pacientes agonizam e podem morrer em posto

Edivaldo Bitencourt | 22/01/2014 10:31
Mulher está internada em posto de saúde desde segunda-feira e entrou em coma ontem
Mulher está internada em posto de saúde desde segunda-feira e entrou em coma ontem

Com a falta de vagas em hospitais de Campo Grande, pacientes em estado grave estão internados e agonizam em alas improvisadas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Centros Regionais de Saúde. Cerca de 50 pacientes, incluindo-se alguns em coma, aguardam a abertura de vaga em hospitais e sob risco de morte.

Só na UPA do Bairro Coronel Antonino, na saída para Cuiabá, nove pacientes, sendo cinco na linha amarela (menos grave) e cinco na vermelha (gravíssimo), estão internados em estado grave. Um dos casos é da dona de casa Luzia Gonzales, em torno de 50 anos.

Ela foi internada no início da tarde de segunda-feira na UPA da Vila Almeida com pressão alta. Segundo a irmã, a dona de casa Matilde Gonzales, 42, ela passou a respirar com a ajuda de aparelhos. No dia seguinte, a equipe médica recomendou a transferência da paciente para a UPA do Bairro Coronel Antonino.

A mulher estaria, segundo a irmã, com água no pulmão e os rins e o coração estavam reduzindo o ritmo. “Eles falaram que o problema dela é cardíaco”, comentou. No entanto, como não há vagas em hospitais, a paciente foi obrigada a permanecer em uma ala de emergência na UPA.

Na noite de ontem, Luzia entrou em coma. “É uma angústia muito grande, a gente é humilde, pobre, não tem condições de pagar hospital e fica agüentando esta humilhação”, lamentou-se Matilde.

Além dela estar em coma, a família está apavorada porque Luzia também está com hemorragia. “É uma situação de emergência, mas minha irmã tá jogada como bicho”, reclamou.

A informação na UPA é de que não há vagas nos hospitais e ela deve esperar pela transferência. “Vão esperar o que, morrer até ter vaga”, criticou Matilde.

O problema de Luzia não é o único. Ontem, parentes de dois pacientes denunciaram o problema da longa espera por uma vaga nos hospitais. Nos dois casos, os pacientes estavam em estado grave e precisavam de internação urgente.

A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada, mas só deverá se manifestar após a assessoria de imprensa analisar email enviado pelo jornal solicitando as informações.

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