ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Semadur barra ambulantes que há anos montavam trailers na Ceará

Viviane Oliveira | 10/06/2013 18:15
Paulo diz que não ocupa apenas o canto da calçada, deixando livre a passagem dos pedestres. (Foto: Pedro Peralta)
Paulo diz que não ocupa apenas o canto da calçada, deixando livre a passagem dos pedestres. (Foto: Pedro Peralta)
Fiscais da Semadur no local com os dois comerciantes, Paulo (de camiseta rosa) e Edson.(Foto: Pedro Peralta)
Fiscais da Semadur no local com os dois comerciantes, Paulo (de camiseta rosa) e Edson.(Foto: Pedro Peralta)

Seis fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) começaram a barrar a partir desta segunda-feira (10) os vendedores ambulantes que trabalhavam em frente a Uniderp/Anhanguera, na avenida Ceará, em Campo Grande.

De acordo com os funcionários da Prefeitura, os vendedores foram notificados na semana passada para que regularizassem a situação. Como não houve acordo, se os vendedores forem flagrados no local novamente terão a mercadoria apreendia e serão multados.

Chateado com a situação, Edson Vitor Martins de Oliveira, 40 anos, dono de um trailer no local há 11 anos, afirma que já procurou a Prefeitura para regularizar a situação, mas até agora não conseguiu resolver.

“Eu trabalho aqui com a minha esposa e meus filhos. Não quero brigar e nem ser um fora da lei, apenas quero vender o meu produto e tirar daqui o sustento da minha família”, diz, acrescentando que hoje, por exemplo, vai deixar de ganhar livre R$ 200.

A outra reclamação é de Paulo Botelho, de 44 anos, que vende cachorro quente há 18 anos em frente da universidade. “Eles falam para a gente procurar a Prefeitura, mas lá não tem como negociar. Eles querem que a gente arrume outro ponto”, reclama, dizendo que por noite vende no mínimo 70 lanches no local.

Segundo Paulo, que vende o cachorro quente em uma Tawner, chegou a construir uma rampa para uma acadêmica cadeirante. “A moça descia do ônibus e não havia nehuma rampa de acesso no local. Agora a Prefeitura está preocupada com acessibilidade?”, questiona.

Ele acrecenta dizendo que não bloqueia a passagem de pedestres, pois a mini-van com as cadeiras ficam no canto da calçada. Ainda conforme os vendedores, as alunas ficam nos trailers esperando o ônibus passar, porque é mais seguro. 

De acordo com o Decreto n°11.090 de 2010, que regulamentou a Lei 2.909/1992, as calçadas devem ter uma faixa livre e desimpedida de obstáculos para o trânsito de pedestres e uma faixa de serviço, destinada à implantação do chamado mobiliário urbano, como pontos de ônibus, táxis e outros.

A medida prevê que, pelo menos na teoria, o pedestre possa contar com pelo menos 1,5 metros para a passagem. Mas na prática, a medida acaba desrespeitada por quem precisa do espaço público para trabalhar.

Em abril, o Campo Grande News denunciou a ocupação irregular das calçadas na região da universidade.

Nos siga no Google Notícias