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Capital

Semy repudia denúncia e diz que só atendeu pedido de empreteiro

Edivaldo Bitencourt | 17/11/2014 17:15
Semy nega qualquer participação em suposto esquema de extorsão (Foto: Arquivo)
Semy nega qualquer participação em suposto esquema de extorsão (Foto: Arquivo)

O ex-secretário municipal de Infraestrutura, Habitação e Transporte, Semy Alves Ferraz, repudiou, com veemência, a suspeita de que ele participou da suposta tentativa de extorsão da Solurb, envolvendo o empresário Thiago Verrone de Souza, 33 anos. Ele destacou que só intermediou um encontro a pedido do empreiteiro João Amorin, que tem parentes entre os acionistas da concessionária do lixo.

Em nota, Semy esclarece porque houve gravação das conversas dele com o superintendente da Solurb, Élcio Terra, e Verrone. Ele destacou que João Amorin sugeriu o encontro para “distender as relações” entre a Solurb e Thiago Verrone. Uma ação popular do empresário levou a anulação pela Justiça do contrato da coleta de lixo, que prevê faturamento de R$ 1,3 bilhão, entre a Solurb e a prefeitura da Capital.

De acordo com o ex-secretário, a Metap, uma das empresas de Verrone, teria 10% das ações da Solurb.
“Posteriormente, o senhor Élcio Terra se reportando a posicionamento de João Amorin, solicitou-me o telefone de Thiago Verrone, que sabia que eu conhecia, pedindo também que eu entrasse em contato com o mesmo estimulando um encontro”, destaca Semy.

“Toda a minha participação no episódio se resumiu a colocar Thiago Verone a par do propósito manifestado por interlocutores da Solurb e estimulá-lo a iniciar um diálogo”, diz. Ele informa, ainda, que só depois ficou sabendo que o diálogo tinha sido gravado por Élcio Terra.

Semy ressalta que prestou depoimento ao Gaeco na condição de testemunha. Sobre a suposta operação do Gaeco, ele destacou que só ficou sabendo da busca e apreensão envolvendo o ex-funcionário da prefeitura, Ronan Feitosa, e do prefeito Gilmar Olarte (PP). A operação ocorreu em abril deste ano.

“Repudio insinuações de que eu teria sido portador de interesse de Thiago Verrone em fazer acordo com a Solurb, porque a iniciativa de iniciar um diálogo com o mesmo partiu dos representantes da Solurb, estando evidenciado nas gravações que eu não possuía nenhum interesse pessoal ou espúrio, razão pela qual figurei no inquérito como testemunha”, concluiu.

“Salvo se possuírem interesses espúrios em me atingir - sabendo-me isento - os representantes da Solurb, oficial e extraoficial, públicos e ocultos, inclusive o Sr. João Amorim, possui o dever moral de esclarecer a verdade em relação a minha pessoa”, ressaltou.

O promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco, na ação judicial contra Verrone, destacou que não há provas contra Semy. No entanto, ele frisa que as investigações em torno do ex-secretário continuam.

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