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Capital

Servidora que cobrou propina deixa presídio para prestar novos depoimentos

Alan Diógenes | 11/07/2014 19:56

A servidora Roberlaine Patrícia Alves, de 28 anos, que trabalhava no Ministério da Saúde, quando cobrou R$ 150 mil em troca da liberação de R$ 2,6 milhões em emendas parlamentares para o Hospital do Câncer Alfredo Abraão, deixou o presídio feminino de Campo Grande, onde está presa há 25 dias, para prestar depoimento sobre novos fatos, que surgiram na investigação do caso de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Roberlaine foi ouvida, nexta-feira (11), na sede da PF (Polícia Federal) e as informações do depoimento não foram divulgadas por que estão sobre segredo de Justiça.

O namorado da ex-servidora, que foi desligada do Ministério da Saúde, assim que o caso veio a tona, é suspeito de emprestar o nome e o número de sua conta bancária para que o dinheiro fosse depositado. A Polícia Federal acredita que ele tinha conhecimento do esquema de corrupção. Ele será ouvido nesta segunda-feira (14), em São José dos Campos (SP).

Caso - A chantagem começou no dia 15 de maio, em encontro com o diretor-presidente do hospital, Carlos Coimbra, em Brasília. Primeiro, a servidora exigiu R$ 50 mil para agilizar a liberação de R$ 1 milhão para a compra de dois equipamentos. Depois, cobrou mais R$ 100 mil em troca de emenda de R$ 1,6 milhões para a instituição adquirir acelerador linear.

Indignado com a cobrança de propina, assim que voltou a Campo Grande, Coimbra procurou a promotora de Justiça, Paula Volpe, para denunciar o caso. Ela o aconselhou a acionar a PF (Polícia Federal), que detonou a investigação.
Com a autorização do juiz federal Odilon de Oliveira, Coimbra depositou R$ 50 mil em uma conta bancária informada pela servidora. O procedimento permitiu a PF rastrear a conta, de titularidade do pai de ex-namorado da funcionária do Ministério.

Ainda sob orientação da polícia, o presidente do hospital marcou uma reunião com a servidora em Campo Grande para lhe entregar o restante da propina. Em uma sala monitorada por agentes da PF, com câmaras e escutas, Coimbra entregou R$ 100 mil, em sete folhas de cheque, quatro de R$ 10 mil e três, de R$ 20 mil.

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