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Capital

Servidores protestam contra Bernal e ameaçam greve a partir de 8 de maio

Edivaldo Bitencourt e Helton Verão | 01/05/2013 09:49
Bandeira e cartazes em protesto (Foto: João Garrigó)
Bandeira e cartazes em protesto (Foto: João Garrigó)
Guardas municipais cercaram a prefeitura hoje de manhã (Foto: João Garrigó)
Guardas municipais cercaram a prefeitura hoje de manhã (Foto: João Garrigó)

Cerca de 200 servidores municipais protestaram, na manhã de hoje, contra o prefeito Alcides Bernal (PP). A categoria está revoltada porque o chefe do Executivo não se manifestou sobre o pedido de reajuste de 30% e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras. Os funcionários sinalizam com greve a partir do dia 8 deste mês.

O protesto começou na Praça do Rádio Clube e terminou no Paço Municipal. Cerca de 20 guardas municipais cercaram o prédio para evitar “danos” ao patrimônio público, apesar do ato ter sido pacífico.

O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, estima que 200 pessoas participaram do protesto. Ele disse que a categoria protocolou várias vezes a pauta com 28 reivindicações, mas, até hoje, não houve resposta do prefeito da Capital.

“Ele (Bernal) deve entender que o Sisem não é a casa dele. Se não tiver resposta até o dia 7, é greve”, garante o sindicalista. Os funcionários vão realizar uma assembléia geral na próxima terça-feira para deflagrar a paralisação por tempo indeterminado.

O protesto teve servidores com faixas, cartazes, apitos, perucas, narizes de palhaço e até com uma panela.

Elizabeth reclama do valor baixo do salário (Foto: João Garrigó)
Elizabeth reclama do valor baixo do salário (Foto: João Garrigó)

Histórias – A auxiliar de serviços gerais Elizabeth Ângelo de Souza, de 52 anos, é funcionária pública municipal há 21 anos. Ela conta que recebe R$ 732 por mês. Com quatro filhos e morando no conjunto Canguru, Elizabeth diz que o salário não dá e nunca deu para sustentar a família.

A servidora conta que a categoria está desacreditada nos últimos anos. Ela relata que trabalha com crianças em uma jornada diária de até 10 horas. “É muito desgastante”, afirma.

Outra funcionária, Sônia Barros, de 50 anos, defende a jornada de seis horas diárias para ter condições de buscar outro emprego. Ela disse que o salário não é suficiente para manter a família, também de quatro filhos, no conjunto Paulo Coelho Machado.

Os manifestantes percorreram a avenida Afonso Pena. O trânsito teve a orientação de quatro agentes municipais de trânsito, os amarelinhos, e quatro motos do 1º Batalhão da Polícia Militar.

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