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Capital

Servidores protestam contra projeto que acaba com concursos no HU

Vivianne Nunes e Ítalo Milhomen | 14/04/2011 09:59
Grupo de servidores se encontrou na manhã de hoje em frente a UFMS (Foto: João Garrigó)
Grupo de servidores se encontrou na manhã de hoje em frente a UFMS (Foto: João Garrigó)

Um pequeno grupo de servidores públicos federais da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) protesta na manhã de hoje, contra a MP 520, (Medida Provisória) em tramitação no Congresso que permite a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

A estatal deverá reunir todos os hospitais universitários do País. A reclamação da categoria faz referência ao fato de que todos os servidores a serem contratados serão celetistas, ou seja, não haverá concurso público. Desta maneira, os trabalhadores não teriam o mesmo vínculo que tem um servidor público federal.

Para o presidente do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos, isso pode causar a precariedade dos serviços. Ele questiona também o fato de haver dinheiro para investir nos Hospitais Universitários mas não para abrir concurso e contratar servidores para o HU.

O Hospital Universitário da UFMS tem um quadro com 900 servidores e pela estimativa da administração, precisaria de pelo menos mais 400 para se ter um atendimento de qualidade. Os serviços de secretariado e limpeza são terceirizados e uma das dúvidas da categoria é sobre o que será dos funcionários atuais. “Vão ser funcionários de uma empresa estatal, mas não serão servidores públicos federais, vão ganhar salários baixos em relação aos demais e isso pode causar a precariedade do atendimento”, questionou.

Outro ponto a ser discutido é com relação ao vínculo na pesquisa e extensão. De acordo com o sindicalista a questão do ensino com a atuação dos estagiários continua mas não haverá a obrigatoriedade dos médicos em fazer pesquisa e projetos de extensão.

A intenção do manifesto de hoje era paralisar as atividades mas apenas cerca de 30 dos dois mil servidores dos onze campus da Federal participaram do protesto em Campo Grande. O movimento acompanha uma paralisação nacional promovida pela Fasubra (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Educação), que estão em reunião hoje com a ministra do planejamento Mirian Belchior. Caso não haja acordo, há indicativo de greve para o próximo dia 25.

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