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Capital

Servidores que tiveram corte no salário ameaçam fazer greve

Gabriel Neris e Viviane Oliveira | 25/01/2013 18:45
Servidores da Central de Atendimento ao Cidadão se reuniram em frente ao prédio hoje (Foto: João Garrigó)
Servidores da Central de Atendimento ao Cidadão se reuniram em frente ao prédio hoje (Foto: João Garrigó)

Os servidores públicos da Central de Atendimento ao Cidadão ameaçam fazer nova greve após o corte do benefício no valor de R$ 306 pela Prefeitura de Campo Grande. A reunião na tarde desta sexta-feira (25) em frente ao CAC definiu que o dia 31 de janeiro será o prazo máximo para o prefeito Alcides Bernal (PP) entrar em acordo com os 50 funcionários. Eles ameaçam parar os trabalhos.

No dia 31 está marcada assembleial para deliberar sobre a possibilidade de greve. Os servidores avisam que o único acordo é Bernal pagar o valor recebido há quatro anos. O corte também atinge cerca de 400 funcionários do administrativo da Educação, que recebiam em média R$ 150.

A reunião contou com cerca de 15 pessoas em frente ao CAC. Marcos Tabosa, presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), diz que o motivo são as ameaças sofridas pela chefia. Ele afirma que dois funcionários que tentaram encabeçar a mobilização foram transferidos.

O sindicato pretende fazer denúncia no Ministério Público e na OIT (Organização Internacional do Trabalho). O segundo passo será entrar com ação judicial com danos morais, psicológicos e materiais.

“O prefeito tem que entender que nós não temos partidos. Somos sindicalistas”, afirmou o presidente do Sisem. “Isso tudo que está acontecendo é muito ruim para uma pessoa que está começando agora na administração”, ressaltou, em referência a início de mandato do prefeito da Capital.

Uma servidora de 27 anos conta que trabalha há seis anos como concursada administrativa. Com o benefício de R$ 306, o aluguel da casa onde mora estava garantido. Agora a preocupação é grande para manter o filho de dois anos. “Tem gente que vai receber R$ 30 de pagamento”, contou em relação aos servidores que fizeram empréstimos bancários.

O assistente administrativo Júlio Delachiave, de 31 anos, trabalha há três anos na Central ao Cidadão. Ele diz que passa dificuldade mesmo sem família e imagina a situação de quem tem filhos. “Nunca tivemos apoio da chefia. Em cima do salário líquido, esse valor dá 50%”.

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