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Capital

Sesau ensina o que fazer e o que não fazer em caso de picada de escorpião

Paulo Fernandes e Paula Maciulevicius | 24/11/2011 21:57
Profissionais da saúde participam de reciclagem para evitar novas mortes por picadas de animais peçonhentos (Foto: Pedro Peralta)
Profissionais da saúde participam de reciclagem para evitar novas mortes por picadas de animais peçonhentos (Foto: Pedro Peralta)

Profissionais que atendem vítimas de acidentes receberam nesta quinta-feira, em Campo Grande, uma qualificação para o atendimento de pessoas picadas por animais peçonhentos. Eles aprenderam não apenas o que fazer, mas também o que não fazer.

Participaram do treinamentos cerca de 500 médicos, bombeiros e técnicos em enfermagem, entre outros profissionais. O curso foi oferecido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Universitário.

A coordenadora do Serviço de Controle de Roedores e pragas Urbanas do CCZ, Sílvia Barbosa do Carmo, afirmou que os escorpiões gostam de ficar em locais úmidos, próximos a tanques, na cozinha e no banheiro. “Esses lugares são os de maior quantidade de acidentes por picadas do escorpião”, disse. Uma orientação é nunca manipular um animal peçonhento.

Ela explicou que a vítima do escorpião sempre sabe que foi picada porque a dor é instantânea. Além do mais, esse animal não pica apenas uma vez. “Ele tem agilidade e rapidez na calda e pica várias vezes em questão de segundos”, afirmou.

Quem for picado deve lavar o local, colocar compressa fria para aliviar a dor e procurar imediatamente um atendimento médico.

Um procedimento inadequado é o de sugar o veneno, segundo o médico do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica) Sandro Benites. “Sugar o veneno é inadequado e só piora o quadro”, diz.

Ele afirma que a população deve estar atenda ao procedimento para o caso de um ataque de escorpião e que é importante a calma de quem for fazer o atendimento, para não incorrer em erros.

Benites explica ainda que o escorpião pode matar uma criança, mas que é raro fazer o mesmo com um adulto.

A enfermeira Sandra Lázaro, de 57 anos, anotou tudo. Para ela, o curso foi uma “oportunidade ímpar”.

Nos últimos meses, duas pessoas morreram em Campo Grande vítimas de animais peçonhentos.

No dia 27 de outubro, Maria Eduarda Rissi, de 3 anos, morreu após ser picada por um escorpião. O bicho estava dentro do sapatinho dela.

Já no dia 6 de novembro, Márcio Paulo de Souza, de 27 anos, foi picado por uma cobra enquanto tomava banho de cachoeira na Vila Nasser.

Os casos deixaram a população em alerta. A autônoma Luciene Velmer, de 29 anos, já tinha o costume de deixar os ralos tampados, mas depois da morte de Maria Eduarda a preocupação aumentou.

Ela sempre verifica se não há nenhum bicho dentro dos sapatos antes de calçá-los. Luciene tem uma filha de 8 anos. “Todo mundo em casa morre de medo de escorpião”.

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