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Capital

Sesau refaz cálculos e Capital terá que devolver R$ 14 milhões do Gisa

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 10/02/2015 12:20
Segundo Jamal, R$ 1,5 milhão da sobra de contrato foi devolvida ao ministério. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Jamal, R$ 1,5 milhão da sobra de contrato foi devolvida ao ministério. (Foto: Marcos Ermínio)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) refez as contas e aponta que o prejuízo com o Gisa (Gerenciamento de Informações Integradas de Saúde)) é maior do que o anunciado. Em vez de R$ 8,2 milhões, a administração municipal terá que devolver R$ 14 milhões ao Ministério da Saúde. O novo valor contabiliza os juros.

De acordo com o secretário de Saúde, Jamal Salem, R$1,5 milhão ainda estava na conta, como sobra de contrato, e foi encaminhado ontem para o ministério. Os outros R$ 14 milhões devem ser pagos em 60 parcelas, o que equivale a cinco anos. Ontem de manhã, o secretário disse que seriam 30 parcelas. À tarde, o prefeito Gilmar Olarte (PP) informou a dilatação do prazo.

Jamal afirma que a procuradoria jurídica do município vai buscar os responsáveis pelo rombo. “Não vamos entrar contra uma pessoa ou outra, mas sim cobrar que o Ministério Público investigue quem errou”, afirmou nesta terça-feira. Jamal foi hoje à Câmara Municipal. Segundo ele, a visita é de rotina para ouvir os vereadores.

Na Casa de Leis, os parlamentares cobraram explicações. “A prefeitura não deve pagar a conta e sim quem desviou. Não pode a população pagar por alguém que desviou”, afirma o vereador Eduardo Romero (PTdoB).

Integrantes da oposição, Luiza Ribeiro (PPS) e Marcos Alex (PT) defenderam ação mais enérgica para que se aponte os culpados. O petista cogita entrar com ação popular na Justiça. “Levando em consideração que o contribuinte pagou duas vezes pelo erro de alguém”, diz.

Assinado em 27 de agosto de 2009, na gestão de Nesinho Trad (PMDB), o convênio entre prefeitura e ministério era para agendamento de consultas por telefone na rede pública de saúde. O contrato tinha valor de R$ 9.983.000,40, sendo R$ 8,2 milhões do governo federal. Em nota, Nelsinho responsabilizou os sucessores pelo fracasso do Gisa.

A CGU (Controladoria Geral da União) constatou subcontratação ilegal de empresa portuguesa, em 2010, para concluir os trabalhos, o que resultou em problemas de integração entre os sistemas por terem banco de dados e linguagens diferentes.

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