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Capital

Sete anos depois, acusado de mandar matar agente está no banco dos réus

Aline dos Santos e Nadyenka Castro | 09/03/2012 11:04

“Um crime do crime organizado”. A definição é da promotoria sobre o julgamento de João Bosco Sanábria de Carvalho

Segundo defesa, não há provas contra João Bosco. (Foto: Pedro Peralta)
Segundo defesa, não há provas contra João Bosco. (Foto: Pedro Peralta)

“Um crime do crime organizado”. A definição é da promotoria sobre o julgamento de João Bosco Sanábria de Carvalho, que está hoje no banco dos réus, acusado de mandar matar o agente penitenciário Ângelo Aparecido Lemes Galarza Perez.

O crime foi no dia 20 de outubro de 2004, na avenida Mascarenhas de Moraes, em Campo Grande. Com o julgamento realizado quase oito anos depois, o promotor Renzo Siufi criticou a demora para concluir o caso.

“O Estado protege de forma muito ruim. É inadmissível que um funcionário do Estado, um agente penitenciário, acorde de manhã, leve o seu carro ao lava-jato, e tomando tereré, é executado. O recado para o crime organizado é fácil: não estamos protegendo os nossos integrantes”, afirma o promotor.

A acusação contra o réu seguiu uma intrincada rede de denúncias e depoimentos, além de morte do apontado como intermediador do assassinato. O fio da meada, conforme a acusação, foi a motocicleta utilizada no crime: uma moto Honda Titan verde.

O motor da motocicleta foi apreendido pela PM (Polícia Militar) em uma boca-de-fumo, em novembro de 2004. A pessoa que estava com parte da moto falou sobre o crime, chegando aos envolvidos. João Bosco Sanábria de Carvalho está preso e, na época do crime, teria encomendado a morte de dentro da prisão.

Advogado do réu, José Roberto Rodrigues da Rosa afirma que não há provas contra o acusado. O destino de João Bosco será decidido por cinco homens e duas mulheres.

Autor dos disparos, Marcos Júnior Mendes de Souza está foragido. Os réus são acusados de homicídio qualificado pelo motivo torpe (vingança) e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), João Bosco, que já foi condenado por tráfico de drogas, mandou matar o agente por vingança.

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