ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Sindicato diz que 500 operários pararam em canteiros de obras hoje

Jéssica Benitez e Stephanie Romcy | 05/06/2013 08:57
Operários entram em greve (Foto: Pedro Peralta)
Operários entram em greve (Foto: Pedro Peralta)

Cerca de 500 trabalhadores da Construção Civil de Campo Grande aderiram à greve nesta quarta-feira e se mobilizam divididos entre diferentes regiões da Capital para engrossar o movimento. Segundo representantes da CUT/MS (Central Única dos Trabalhadores) a paralisação deve ocorrer por tempo indeterminado. A principal reivindicação é de reajuste salarial.

Ontem o presidente do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto, ratificou que todas as obras da Capital estariam paradas hoje por decisão tomada em assembleia pela categoria.

Nesta quarta-feira, os diretores do sindicato visitaram os canteiros de obras para divulgar a paralisação, munidos de panfletos com informações sobre o impasse com a classe patronal. Ontem, a expectativa era de 30 mil trabalhadores parados em Campo Grande.

Hoje de manhã, no início da mobilização, a Polícia Militar foi acionada e políciais foram mandados a todos os locais de concentração dos trabalhadores para evitar conflito e piquete que impedisse o acesso ao trabalho de operários contra o movimento.

“A movimentação está pacifica, mas no começo gerou certo tumulto por isso a PM foi acionada. Embora tenhamos poucas viaturas, vamos atender todas as regiões”, explicou o Cabo Niquéias André.

Outras cobranças, conforme relatos de trabalhadores que não quiseram se identificar, estão relacionadas às condições de trabalho precárias, pois, segundo eles, não há auxilio alimentação, nem equipamentos e material para executar as obras. No final da tarde, os grevistas devem se reunir na sede do sindicato para fazer um balanço do primeiro dia de movimento.

Patrões - Procurado pela reportagem do Campo Grande News, o Sinduscon-MS (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Mato Grosso do Sul) informou que as empresas não repassaram dados sobre a adesão á greve nos canteiros de obras da cidade. Diretores do sindicato patronal não se encontram no local no momento devido a problemas particulares e, talvez, depois das 10h algum responsável possa dar posicionamento em relação a greve.

Ontem o Sinduscon esclareceu, ainda, por meio de nota, que em nenhum momento a classe patronal encerrou as negociações e que no acumulado das recentes negociações, entre 2007 a 2012, o ganho real da categoria ficou acima da inflação, em aproximadamente 40%.

A Plaenge, maior construtora da cidade, disse que só vai se pronunciar sobre o assunto via sindicato patronal. Na MRV e Brokfield, as assessorias locais informaram que apenas diretores das sedes em Brasília e Belo Horizonte podem falar sobre a greve e esperam de lá algum posicionamento.

Salários – Para os auxiliares de serviços gerais, os patrões ofereceram piso salarial de R$ 680,00. Enquanto que os operários almejam R$ 770,00. Aos auxiliares de escritório o piso está em R$ 680,00 e a classe quer aumento para R$ 880,00.

Serventes e vigias receberam a proposta de R$ 719,00 contra os R$ 880,00 pedidos pela classe. Meio Oficial R$ 802,00 contra R$ 1.035,00. Oficial R$ 992,89 contra R$ 1.190,00. Apontador, R$ 980,00 contra R$ 1.190,00. Motorista, R$ 992,00 contra R$ 1.190,00. Aos Mestres de obras foi proposto R$ 1.500,00 contra os R$ 1.860,00 que eles reivindicam.

Nos siga no Google Notícias