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Capital

Sindicato diz que bancos cumprem só o mínimo obrigatório com segurança

Viviane Oliveira | 18/08/2013 07:40
Na opinião de Maria Conceição deveria ter pelo menos dois policiais militares em cada esquina de agência bancaria. (Foto: João Garrigó)
Na opinião de Maria Conceição deveria ter pelo menos dois policiais militares em cada esquina de agência bancaria. (Foto: João Garrigó)

Depois que um funcionário do Banco Bradesco foi assaltado por uma dupla armada por volta das 9h da última segunda-feira(12), o sindicato dos bancários afirma que as agências não investem de forma adequada em segurança. O crime ocorreu na rua 13 de Maio, esquina com a rua Marechal Cândido Rondon, em Campo Grande.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Bancários da Capital e região, Edivaldo Barros, a maioria das agências cumpre apenas o mínimo da legislação e normas de segurança estipulada e aprovada pela Polícia Federal.

No entanto, das 171 agências existentes em Campo Grande e no entorno do Estado, 27 não têm porta com detector de metal. Além disso, 43 unidades não possuem biombos, tapumes que ficam entre o cliente e os atendentes dos caixas durante operação financeira.

O presidente afirma que não existe fiscalização desde que a Lei Municipal 4.819 de 22 de março de 2010, foi aprovada para que todas as agências colocassem biombo. “É um absurdo uma agência daquele porte não ter tapume e, pior que isso, nenhum circuito interno de câmeras”, diz, Edivaldo, se referindo ao Bradesco da rua 13 de Maio.

Na opinião da vendedora ambulante Maria da Conceição, 49 anos, que trabalha há 20 anos em frente de um banco, deveria ter pelo menos dois policiais militares na esquina de cada agência bancaria. “Acho que só assim funcionários e clientes se sentiriam mais seguros”, diz.

Já para a costureira Marcina Maria Jesus Celestino, 47 anos, deveria ter mais guardas no interior das agências e na área de autoatendimento. “Esses bandidos devem ficar observando a melhor hora de agirem, por isso acho que o número de seguranças deveria aumentar”, afirma.

O caso - Um funcionário do Banco Bradesco abastecia os caixas eletrônicos, quando foi rendido por uma dupla  armada, que fugiu levando cinco gavetas, local onde armazena o dinheiro dentro das máquinas. Os ladrões levaram cerca de R$ 130 mil do banco.

No mesmo dia, um pouco depois do crime, as gavetas foram encontradas vazias na rua Canoas, na vila Taquarussu. À Polícia, uma moradora da região disse que viu dois homens em um Gol branco deixando os objetos no local. 

A área onde estava o funcionário no momento em que foi rendido só tem duas entradas; uma pelo lado interno e a outra pela parte externa da agência, usada por empresas terceirizadas para abastecer os caixas de autoatendimento nos finais de semana.

Uma funcionária do banco disse ao Campo Grande News que os bandidos tinham uma cópia da chave para abrir o local de abastecimento; Além dissso, eles monitoraram os horários exatos em que eram feitos os depósitos e retirada nos caixas eletrônicos. O caso é investigado pelo Garras (Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Sequestros) e até agora nenhum suspeito foi preso.

Pesquisa nacional - No primeiro semestre deste ano 30 pessoas foram assassinadas, em todo país, em assaltos envolvendo bancos. É o que revela uma pesquisa nacional feita pela Contraf-Cut (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes) e apoio técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

A pesquisa comprova a falta de investimentos dos bancos na melhoria da segurança. Conforme o Dieese, os seis maiores bancos como o Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Santander e HSBC tiveram lucros de R$ 51,4 bilhões no ano passado, porém as despesas com segurança somaram R$ 3,1 bilhões no mesmo período.

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