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Capital

Sob ponte há 5 anos, homem faria “sopão” e clínica com R$ 175 milhões

Alan Diógenes | 15/12/2015 17:46
O sonho de Adílson é criar clínica de reabilitação para dependentes químicos e fazer um "soão" de fim de ano para pessoas carentes. (Foto: Silas Lima)
O sonho de Adílson é criar clínica de reabilitação para dependentes químicos e fazer um "soão" de fim de ano para pessoas carentes. (Foto: Silas Lima)
Faltando um dia para o sorteio, apostadores fazem filas em lotéricas. (Foto: Silas Lima)
Faltando um dia para o sorteio, apostadores fazem filas em lotéricas. (Foto: Silas Lima)

Morando debaixo da ponte há cinco anos, na Avenida Ernesto Geisel, embaixo da Manoel da Costa Lima, em Campo Grande, o vendedor ambulante Adílson dos Santos Fernandes, 40 anos, tem sonhos, que para muito podem ser pequenos, se ganhar na Mega-Sena acumulada em R$ 175 milhões. Ele pretende construir uma clínica de reabilitação para usuários de drogas e fazer um “sopão” para alimentar os mais humildes nesse fim de ano.

É com água nos olhos que Adílson relatou suas vontades, na tarde desta terça-feira (15). Ele conta que como é usuário de álcool e cigarro e tentar largar os vícios, se ganhasse a bolada da Mega-Sena iria criar um centro para ajudar pessoas que tenham esses mesmos vícios ou são usuárias de drogas. “Para mim tudo é vício e é muito difícil conviver com isso, por isso iria ajudar quem precisa”, explicou.

Outro sonho do vendedor de balas e chicletes é preparar um “sopão” para os moradores de rua se alimentarem neste Natal e Ano Novo. “Iria fazer uma mesona bem bonita e comer junto com eles e minha família. Para mim não há nada mais bonito do que ver alguém comendo quando estava com fome”, comentou.

Apesar de abrir mão de sonhos como: viagens, mansões e carros de luxo, Adílson também quer ter um pouco de conforto. “Compraria um Fusca e roupas para me sentir bem como todo mundo na sociedade. Não é legal andar mal vestido por aí. O resto é luxo e vaidade”, mencionou.

Adílson pinta quadros e vende no semáforo do cruzamento e é com este dinheiro que ele irá fazer a aposta. Ele mora debaixo da ponte com o avô Jesus César da Silva, 70, e a namorada do idoso, de 25 anos. Eles moram em um barraco feito de madeira e dormem em redes. Apesar do barulho do trânsito, o lugar é tranquilo e só se escuta os latidos dos dois cachorros de estimação da família.

A equipe de reportagem passou pelas lotéricas da Avenida Júlio de Castilhos com a Yokoama, no Bairro Panamá, e da Avenida Capital, na Vila Margarida. As filas de apostadores eram grandes.

Na última lotérica, a empresária Rosane Vital, 26, foi fazer as apostas do marido. “Ele que anotou os números e fez eu vim jogar para ele. Se ele ganhar, quero minha parte, mas não tenho ideia do que vou comprar com tanto dinheiro”, brincou.

O sorteio acontece na noite desta quarta-feira (26) e as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, com preço de R$ 3,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 17.517,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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