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Capital

Sob protesto de moradores, guardas garantem obra de posto em praça

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 14/08/2014 15:23
Guardas municipais garantiram o início da obra, mas mantiveram o discurso de que presença em praça é normal (Foto: Marcelo Calazans)
Guardas municipais garantiram o início da obra, mas mantiveram o discurso de que presença em praça é normal (Foto: Marcelo Calazans)

Sob protestos dos moradores do Conjunto Arnaldo Estevão Figueiredo, a Prefeitura colocou a Guarda Municipal de prontidão e iniciou, na tarde de hoje (14), as obras de um posto de saúde na praça do bairro, localizado na saída para Três Lagoas. Ao contrário de vários bairros da cidade, a população local diz que não precisa de posto de saúde e luta pela manutenção da área de lazer.

As obras de terraplanagem e colocação de cerca começaram nesta quinta-feira. Ao ver a chegada das máquinas, os moradores se reuniram para definir uma estratégia para evitar a destruição da praça.

No entanto, ao voltar do almoço, o grupo encontrou sete guardas municipais fazendo a segurança da praça para garantir o início da obra.

O dentista Ronald Colman Júnior, 52 anos, disse que os moradores do bairro, formado principalmente por funcionários públicos, não precisa de unidade básica de saúde. “Todos têm convênio médico”, destacou. Ele citou que o posto de saúde só é procurado pela maior parte dos moradores para tomar vacina. Ele reside no bairro há 15 anos.

Fernando Veríssimo também criticou obra nesta quinta-feira (Foto: Marcelo Calazans)
Fernando Veríssimo também criticou obra nesta quinta-feira (Foto: Marcelo Calazans)
Ronald afirma que bairro não precisa de posto de saúde (Foto: Marcelo Calazans)
Ronald afirma que bairro não precisa de posto de saúde (Foto: Marcelo Calazans)

O funcionário público aposentado Fernando Veríssimo de Souza, 73, que mora no Arnaldo Estevão de Figueiredo há 28 anos, defende a construção do posto em outros bairros, como o Jardim Noroeste e o Maria Aparecida Pedrossian. “Por que vão colocar aqui, que não precisamos (de posto de saúde)”, questionou. Ele diz que foi o primeiro morador do bairro.

O funcionário público Nelson Pereira, 49, conta que ajudou a plantar as árvores na praça, que começaram a ser arrancadas hoje. “Vai acabar com a nossa paz”, disse o morador, que usava a praça para realizar caminhadas. Ele disse também que muitas crianças usavam o espaço para andar de bicicleta ao lado dos pais. Com a construção do posto, ele acha que o movimento de carros e pessoas será grande no bairro. “Não fomos consultados sobre a construção do posto”, lamenta-se.

Os moradores estudam denunciar o caso ao Ministério Público Estadual.

No local, guardas municipais informaram que não estavam no local por causa da obra da praça. Eles alegaram que a segurança de praças e outros espaços públicos é rotina. Sete integrantes da corporação estavam no local no início da tarde de hoje. Eles disseram que estavam fazendo a "segurança de rotina" da área verde.

O secretário municipal de Infraestrutura, Semy Ferraz, não atendeu às ligações no telefone celular. A assessoria de imprensa da prefeitura pediu para enviar o questionamento sobre a construção da praça por email, mas não retornou com a resposta até a publicação desta matéria.

Máquinas limparam o terreno hoje e operários trabalham para construir a cerca do terreno (Foto: Marcelo Calazans)
Máquinas limparam o terreno hoje e operários trabalham para construir a cerca do terreno (Foto: Marcelo Calazans)
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