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Capital

Socioeducadores cobram estrutura e reconhecimento perante a sociedade

Michel Faustino | 25/04/2015 15:42
Socioeducadores realizam panfletagem na manhã de hoje no Centro da Capital. (Foto: Fernando Antunes)
Socioeducadores realizam panfletagem na manhã de hoje no Centro da Capital. (Foto: Fernando Antunes)

Agentes socioeducadores que atuam nas Uneis (Unidades Educacionais de Internação) de Campo Grande realizaram um manifesto na manhã de hoje (25) no cruzamento da Avenida Afonso Pena, com a Rua 14 de Julho, no centro da Capital. O objetivo é cobrar melhores condições de trabalho e estrutura nas unidades, além do reconhecimento perante a sociedade.

Segundo Valdinei Figueiredo, coordenador da iniciativa em Campo Grande, a ação é uma forma de fazer com que a população tenha conhecimento das atividades desses profissionais, que vai muito além do acompanhamento carcerário.

“O socioeducador está envolvido em todas as atividades que envolvem o adolescente dentro da Unei, desde a escolta até as atividades educativas e de lazer, em conjunto com o trabalho dos assistentes sociais e psicólogos”, comenta.
A agente Rosilaine Arruda, 34 anos, explica que, além da função de guarda e proteção, os agentes atuam efetivamente na “árdua, porém, gratificante tarefa de educação e ressocialização de adolescentes em conflito com a lei”.

“Muitas vezes a gente não é nem visto pela sociedade que não conhece o nosso trabalho. Um dos objetivos dessa nossa movimentação é mostrar que temos um papel importante junto a esses adolescentes, principalmente neste momento em que é discutido um assunto tão polêmico como a redução da maioridade penal”, ponderou.
Rosilaine ressalta que o trabalho desenvolvido por eles (agentes) tem como o objetivo fazer o resgate de valores éticos e morais.

“A gente trabalha com a construção e reconstrução de projetos de vida. Formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. E por isso a gente reivindica neste momento melhores estruturas e condições para atender essa criança de forma adequada. E o grande problema é que não podemos oferecer isso de forma continuada, e quando o adolescente sai de lá (Unei) ele volta pro mundo do crime”, lamentou.

Campanhas - Em janeiro, os agentes realizaram uma campanha de sangue envolvendo todos os 300 servidores da função do Estado.

Para julho está prevista uma campanha do agasalho, arrecadação de brinquedos em outubro e pelo menos mais uma ação até o final do ano.

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