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Capital

Solto antes de ter apreensão autorizada, jovem que matou mãe em incêndio é pego

Ricardo Campos Jr. | 07/03/2015 13:40
Adolescente chegou a ser apreendido em dezembro (Foto: Marcos Ermínio)
Adolescente chegou a ser apreendido em dezembro (Foto: Marcos Ermínio)

Solto em dezembro de 2014 pela Justiça, o adolescente de 17 anos suspeito de matar a mãe em um incêndio foi apreendido novamente durante esta sexta-feira (6). O delegado Maércio Barbosa, que apurou o caso na época em que estava na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), explicou ao Campo Grande News que o recolhimento do menor no ano passado foi subsidiado por um mandado de ato infracional análogo a receptação. Como é um delito de menor potencial ofensivo, ele acabou sendo liberado antes que o pedido de detenção por homicídio fosse analisado.

A Vara da Infância e Juventude autorizou a internação do garoto um dia depois de libertá-lo. “Só que aí, ele já tinha sumido”, conta o delegado. O trabalho para localizar o infrator recomeçou. Nesse período, Maércio passou para a Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), mas continuou ajudando nas investigações que havia começado.

“Nessa semana recebemos uma informação e conseguimos localizá-lo”, comenta o delegado. O adolescente estava na casa da sogra. Ele foi encaminhado à Unei (Unidade Educacional de Internação), onde está à disposição da Justiça.

Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, apontado como o mentor dos homicídios, ainda está foragido. As investigações no intuito de localizá-lo estão sendo conduzidas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

O caso – Segundo a polícia, Adriano acreditava que a mulher dele, Edna Rodrigues de Souza, estava tendo um caso com um homem chamado Daniel Cândia. Ele soube que os dois estavam mantendo relações sexuais em uma casa no Jardim Colúmbia e chamou o garoto para acompanhá-lo até o local.

Quando eles chegaram no imóvel, avistaram o casal dormindo. Como a porta estava trancada, não conseguiu entrar. O menor comprou combustível e ajudou o suspeito a queimar a residência. Contudo, eles não sabiam que a mãe do rapaz, de 41 anos, estava em um dos cômodos junto com Hélio Queiroz Neres, 37 anos.

Apenas Edna sobreviveu ao fogo. O jovem contou à polícia que ela reatou com Adriano, mudou a cor do cabelo, adotou o nome falso de Luciana e fugiu junto com o companheiro.

Punição – Com esse, o adolescente acumula três delitos. Ele deve ser indiciado por ato infracional análogo a homicídio qualificado pelo uso de fogo. O jovem completa 18 anos amanhã, mas segundo Barboza, pode permanecer apreendido por decisão judicial até os 21 anos.

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