ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 23º

Capital

STJ nega pedido para levar policiais acusados no Caso Motel a júri popular

Aline dos Santos | 06/08/2013 08:19

Ocorrido há 8 anos em Campo Grande e conhecido como o “Caso Motel”, o assassinato do estudante Murilo Boarin Alcalde e da garota de programa Eliane Ortiz teve mais um capítulo na Justiça.

O ministro Sebastião Reis Júnior, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não acolheu recurso do MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que pretendia levar a júri popular três acusados pelo duplo homicídio: Getúlio Morelli dos Santos, Adriano de Araújo Mello e Írio Vilmar Rodrigues.

Getúlio e Adriano são policiais militares. Írio é acusado de ser traficante. Também foi denunciado Ronaldo Villas Boas Ferreira, que inicialmente era apontado como matador de aluguel, mas na fase de alegações finais do MPE foi considerado inocente.

O Ministério Público entrou com recurso especial contra decisão do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que não pronunciou os acusados em relação à suposta prática de homicídio qualificado (mediante paga, motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de garantir a impunidade de outro crime).

No recurso, o MPE alegou a existência de provas suficientes que atestam a autoria e que, nos casos de homicídio, o juízo natural e competente é o tribunal do júri.

O Tribunal de Justiça não admitiu que o recurso especial subisse ao STJ, o que levou o MPE a entrar com agravo contra essa decisão. O objetivo do agravo era reformar o despacho que não admitiu o recurso, para que o mérito da controvérsia fosse analisado na instância superior.

O ministro Sebastião Reis Júnior destacou que o TJ/MS, ao não pronunciar os réus, examinou depoimentos e material fático-probatório extenso, confirmando, de forma unânime, a sentença do juízo da 1ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Campo Grande, no sentido de não haver no processo indícios suficientes para submeter os denunciados ao tribunal do júri.

O casal foi encontrado morto em um quarto do Motel Chega Mais, no dia 21 de junho de 2005. As suspeitas eram de que Murilo e Eliane, ambos de 21 anos, foram assassinados em outro local e “desovados” no motel. Para o Ministério Público, o duplo assassinato estaria ligado ao tráfico de drogas.

Nos siga no Google Notícias