Polícia suspeita que advogado achado morto foi vítima de execução
O advogado Luiz Carlos Fredo, de 57 anos, encontrado morto a tiros na casa dele, na manhã de hoje, pode ter sido executado, de acordo com o delegado Divino Furtado Mendonça, plantonista na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, que esteve no local.
Segundo Mendonça, a suspeita é de que, ainda na noite de ontem, Luiz Carlos tivesse ido atender alguém que entrava na casa e foi surpreendido com os tiros, um tórax e outro na cabeça.
Na mesa de varanda foi encontrado o celular da vítima junto com bitucas de cigarro, o que, para o delegado, indica que o advogado estava sentado lá antes de ser executado.
O corpo foi encontrado na varanda da casa, localizada no bairro Amambaí. A vítima estava com um cigarro entre os dedos da mão esquerda. O portão eletrônico de elevação da casa estava aberto desde a noite de ontem, segundo vizinhos.
A princípio, de acordo com o delegado, não há suspeita de roubo. Na casa tinha tratores, carros, moto e outros bens de valores, que não foram levados. Ele morava sozinho na casa e deixou 14 filhos.
Um amigo da vítima disse que estava com ele até às 21h de ontem, em uma oficina mecânica na avenida Tamandaré. O mecânico Hugo Rodrigues, 36 anos, ainda surpreso com o ocorrido, disse que Luiz Carlos ficou na oficina por cerca de 1 hora e meia.
Segundo Mendonça, há suspeita de que Luiz Carlos Fredo tenha envolvimento com estelionato. Luiz está com a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) suspensa.
O advogado da vítima, Paulo Grotti, disse que Luiz Carlos atualmente realizava trabalho tercerizado em propriedades rurais e estava mexendo com processos de financiamento no Banco do Brasil para voltar a trabalhar com agronegócios.
O caso será encaminhado para a 1° Delegacia de Polícia.