ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Suspensa pelo Ministério da Saúde, obras seguem paradas por mais 90 dias

Paula Maciulevicius | 12/06/2013 13:34
ABCG ressaltou os prejuízos para a sociedade reforçando que obra que era para ser entregue em um ano, já leva três. (Foto: Cleber Gellio)
ABCG ressaltou os prejuízos para a sociedade reforçando que obra que era para ser entregue em um ano, já leva três. (Foto: Cleber Gellio)

As obras do Hospital do Trauma, paralisadas desde o final de maio, pelo departamento de fiscalização do Ministério da Saúde devem continuar suspensas por até 90 dias. Este foi o prazo pedido pela ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) mantenedora da Santa Casa, para que os questionamentos feitos pelo Ministério da Saúde sejam respondidos.

Desde o início da obra, como Hospital do Trauma, em 2010, o departamento de fiscalizações fez 26 medições. Ano passado eles levantaram uma série de considerações a serem respondidas sobre a quantidade de serviços medidos, a forma como eles eram quantificados, e valores que divergem da planilha inicialmente aprovada.

As questões foram respondidas e em abril deste ano, um novo pedido de esclarecimentos foi feito, o que segundo o presidente da Associação, Wilson Teslenco, corresponde a uma enorme quantidade de levantamentos.

“Essa reanálise chegou em maio e solicitamos na semana passada um prazo extra pra responder. Até que isso esteja resolvido, o Ministério da Saúde não irá fazer nenhuma medição e nem autorização de pagamentos. A obra foi reduzindo o ritmo e hoje se encontra praticamente parada”, disse.

Teslenco ressaltou os prejuízos para a sociedade reforçando que está em questão uma unidade que tinha um ano previsto no contrato de execução. “E já vai fazer três anos”, completa.

A obra volta a ser executada quando a ABCG conseguir responder porque a quantidade de serviços de medidos é incompatível com o projeto original e também explicar o porque dos itens de serviços feitos não estavam nessa tabela no Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, aceita pela Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde.

“Foi criado composição de preço específico para estes itens e hoje, depois de três anos, se questiona o porque lá atrás esses valores não obedeceram essa tabela ou porque são diferentes da original”, informou o presidente.

Para a ABCG, o Ministério da Saúde está cumprindo o papel de fiscalização. Agora, dentro dos 90 dias, a mantenedora da Santa Casa também está avaliando a qualidade do serviço e as condições da obra para constatar eventuais inconsistências no que foi executado.

Segundo Teslenco, a dificuldade atual é encontrar os funcionários da Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) que participaram das medições anteriores, que com a troca de governo municipal, deixaram os cargos.

“Nós estamos buscando junto a essas pessoas, mas algumas já não se encontram e estamos tentando ter ajuda da Secretaria para esclarecer essas informações”, finalizou.

Entre os repasses do Ministério da Saúde, contrapartida do município e rendimentos no período, até 2012 a Santa Casa recebeu R$ 9,5 milhões. Com os pagamentos já realizados, a Santa Casa tem em caixa para a obra R$ 3 milhões, até o dia 9 de maio.

O repasse até a conclusão do Hospital corresponde ao valor de R$ 5 milhões e com os pagamentos a serem realizados dentro do cronograma, o valor estimado de gastos é de R$ 4,5 milhões.

Nos siga no Google Notícias