ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Taxa de consulta para clientes da Unimed vai aumentar a partir de maio

Ricardo Campos Jr. | 08/04/2011 14:39

Clientes já receberam comunicado a respeito do assunto

Documento diz que a co-participação será cobrada sem "liberalidades". Cliente que entrou em contato com o plano diz ter sido informado sobre o aumento.
Documento diz que a co-participação será cobrada sem "liberalidades". Cliente que entrou em contato com o plano diz ter sido informado sobre o aumento.

A partir do próximo dia 1º de maio, a taxa cobrada nas consultas aos usuários dos planos de saúde da Unimed vai ficar 38,88% mais cara. O valor fixado atualmente é de R$ 18 e passará a R$ 25. O aviso aos clientes se deu por meio de um termo de ciência, enviado no último dia 29 de março.

O valor desembolsado pelos clientes é somente a metade do que é pago ao médico. O restante fica por conta do plano de saúde. A isso se dá o nome de co-participação.

No texto da correspondência, a empresa reitera que esse percentual é determinado por contrato e que a partir do mês que vem “(...) eventuais liberalidades serão suspensas e a cobrança será feita normalmente”.

Intrigada pelo que seria a suspensão dessas liberalidades, a administradora Eliane Dias Terra Ferzeli, 41, que é usuária do referido plano de saúde há 4 anos, resolveu então entrar em contato com a Unimed para saber do que se tratava.

“Segundo ela me disse, durante esses quatro anos a consulta iniciou com R$ 36, foi para R$ 40, mas sem refletir para o usuário. Aumentaram a consulta para o médico, mas o usuário não tinha tido reajuste. Agora a Unimed vai fazer valer o que esta no contrato”, disse a administradora.

Ela diz que considera o acréscimo ruim, mas reconhece que não vai ter alternativa senão acatar a mudança. “Se realmente esta no contrato eles estão fazendo o que eles têm direto”, disse Eliane.

O mesmo termo de ciência também foi encaminhado para as empresas que oferecem o plano de saúde da Unimed para os colaboradores. Uma das orientações que o documento dava para as companhias era de que essas informações fossem repassadas aos funcionários.

A alteração deixou a analista administrativa e financeira Glauce Barbosa Martins, 37 anos, descontente. “Achei muito caro”, disse.

Reflexo - O aumento repentino deixa os usuários cheios de dúvidas. Apesar de a data do comunicado ser anterior ao protesto realizado ontem (7) pelos médicos por melhores condições de trabalho, o que incluía um mínimo de R$ 80 por consulta, os clientes questionam o acréscimo depois de 4 anos de “vista grossa“.

“Pode ser que seja por causa do protesto. Se for é um absurdo porque é uma coisa entre eles e a Unimed. Eu acho que teria que tirar o valor a ser repassado para os medidos tinha que sair do valor que a gente paga para a Unimed”, afirma Glauce.

O Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da Unimed em Campo Grande para saber a respeito da alteração no valor da consulta, que no caso passaria a R$ 50 repartidos entre a empresa e usuário.

Entretanto, foi informado que o responsável pela gerência de mercado, que trata desse assunto, estava em reunião com todos os funcionários do setor e, portanto, não poderia passar nenhum dado a respeito.

Foi prometido retorno até o fim da manhã, o que não aconteceu até o fechamento desta reportagem.

Reivindicações - Ontem durante a coletiva com a imprensa sobre a paralisação nacional da classe, o presidente do Sindicato Médico Marco Antônio Leite foi questionado a respeito da possibilidade de acréscimo nas mensalidades e taxas dos usuários dos planos de saúde.

“Eu acho que aí cabe ao poder público intervir”, disse.

Pela manhã, um dos diretores do sindicato João Batista Botelho de Medeiros foram encaminhados aos planos de saúde, hospitais particulares e ao poder público um ofício solicitando uma reunião para possíveis negociações.

Ele explica que a direção nacional do movimento médico por melhores condições de trabalho definiu um prazo de 2 meses para que se chegue a um consenso.

Nos siga no Google Notícias