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Capital

Taxistas denunciam máfia de alvarás e monopólio de táxis na Capital

Ludyney Moura | 02/07/2014 17:18
Taxistas denunciam existência de máfia de alvarás em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Taxistas denunciam existência de máfia de alvarás em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Diretores da Associação dos Taxistas Auxiliares de Campo Grande (Assotaxi-CG) denunciam a existência de um máfia de alvarás na Capital e um monopólio no setor, que, segundo eles, já está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e Estadual.

Membros da Associação estiveram nesta tarde na Câmara Municipal para discutir com os vereadores questões de interesse da categoria, e não encontraram nenhum parlamentar no local marcado. De acordo com os representantes é a terceira vez que os vereadores marcam uma reunião e não comparecem. Os taxistas querem que o Legislativo estabeleça novos critérios para liberação de alvarás.

“Nossa principal reivindicação é a liberação da concessão pública sem alvará. Mas, também queremos que os vereadores discutam conosco o aumento da tarifa e outras questões como o ponto livre no Aeroporto”, disse o presidente da Assotaxi, José Carlos Áquila.

Ao todo, segundo Àquila, a associação reúne quase duas mil pessoas na Capital. “É um descaso total com a categoria e faz tempo isso. Em Campo Grande existe um problema com frotistas, e isso é crime, é ilegal. Nós queremos que cada CPF tem cadastrado apenas um alvará. Cerca de meia duzia de frotistas são donos de metade da frota da cidade e manipulam os vereadores. “, disse o vice-presidente da Assotaxi-CG, Ezequiel Pedro de Moura, que revela ainda que está é uma briga antiga da categoria.

“Já fizemos denúncia no Ministério Público do Trabalho, no Ministério Público Federal e Estadual, porque o alvará é uma concessão pública intransferível, não pode ter essa máfia que vende alvarás de forma ilegal. Sem contar que na cidade há um déficit no número de táxis. Precisamos de pelo menos 100 carros para suprir essa deficiência. E já há uma lei municipal que prevê aumento anual no número da frota de 2,5% o que não está sendo cumprido”, pontuou Ezequiel.

O vereador Edson Shimabukuro (PTB), que segundo os taxistas havia marcado a reunião, justificou a ausência. “Houve um problema de comunicação. Nós tivemos que alterar o projeto de lei que vai tratar da questão da concessão, da tarifa e de outros pontos de interesse da categoria, e não pudemos apresentar a tempo essas alterações. Ainda não deu para fecharmos os estudos”, afirmou o petebista.

De acordo com o vereador, o novo projeto de lei estabelece critérios objetivos para liberação de alvarás, aumento de tarifa e distribuição de veículos nos pontos de táxis. “Uma nova reunião com os taxistas será marcada para a próxima semana”, finalizou Shimabukuro.

O diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Jean Saliba, confirmou que o órgão também está participando da elaboração do novo projeto de lei. "Nós estamos tentando regulamentar a atividade. A Lei atual é muito antiga, e queremos melhorias tanto para os usuários quanto para os taxistas", ponderou Saliba.

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