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Capital

Tempo seco castiga moradores da Capital com muita poeira e fumaça

Lidiane Kober e Mariana Lopes | 08/08/2013 08:26
Poeira e fumaça castigam moradores do Bairro Nova Lima (Foto: Marcos Ermínio)
Poeira e fumaça castigam moradores do Bairro Nova Lima (Foto: Marcos Ermínio)

O tempo seco, comum no inverno dos campo-grandenses, vem castigando moradores, principalmente, de bairros sem pavimentação asfáltica. Além de enfrentar a poeira, a população sofre com a fumaça das frequentes queimadas. O resultado é muito trabalho para manter a casa limpa e visitas frequentes aos postos de saúde.

A dificuldade tem marcado o dia-a-dia de moradores do Bairro Nova Lima, que conta com várias ruas sem asfalto e com terrenos baldios. O aposentado Eulídio Rosalino Ferreira, 75 anos, disse que “sofre muito” e que “toda a semana precisa ir ao médico por falta de ar”.

“É bastante complicado por causa da poeira e, para piorar, ainda colocam fogo nos terrenos baldios”, comentou. O aposentado reside na Rua Dom Sebastião Lemes. “Tem um terreno de esquina, cheio de mato, onde frequentemente colocam fogo”, relatou à reportagem do Campo Grande News, enquanto circulava na região para encontrar os responsáveis por novo incêndio no local.

Para ele, “é falta de respeito” atear fogo em terrenos baldios. “O principal culpado é o dono da área, que não manda limpar o matagal”, avaliou. Como na minha rua mora muito idoso, o sofrimento é ainda maior”, completou.

Tamanho o descuido com os terrenos baldios que pelo menos uma quadra da Rua Alfredo Borba, também no Bairro Nova Lima, foi tomada pelo matagal e pelo lixo. Morador de condomínio atrás da rua, o guarda Raimundo Andrade Miranda, 60 anos, disse que o espaço vive em chamas.

“Colocam fogo direto ali e a fumaça se mistura com a poeira, agravando a situação de quem mora nas redondezas”, comentou Raimundo.

A dona de casa, Maria Aparecida Bianco Flores, 46 anos, também enfrenta a dificuldade na Rua Professora Antônia Capilé, no Bairro Nova Lima. Segundo ela, sua residência “não para limpa”. “Limpar de dia é jogar serviço fora”, frisou. Por isso, ela se ocupa com a tarefa apenas à noite.

Para conseguir dormir, Maria Aparecida afirmou espalhar pela casa toalhas umedecidas. A dificuldade, conforme a dona de casa, é ainda maior em detrimento do tráfego constante de caminhões em sua rua.

O aposentando aponta terreno baldio e relata ir toda a semana ao médico por falta de ar (Foto: Marcos Ermínio)
O aposentando aponta terreno baldio e relata ir toda a semana ao médico por falta de ar (Foto: Marcos Ermínio)
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