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Capital

Terceirizada da Enersul dá calote e funcionários protestam na Capital

Aliny Mary Dias | 15/01/2014 08:09
Funcionários se aglomeram em frente da sede da empresa (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários se aglomeram em frente da sede da empresa (Foto: Marcos Ermínio)

Com o encerramento das atividades da Enecol Engenharia e Eletricidade em Mato Grosso do Sul, 190 funcionários foram demitidos em dezembro. Apesar dos desligamentos terem ocorrido tranquilamente, a empresa que presta serviço à Enersul não pagou os salários de dezembro e o acerto prometido para o início deste mês. Revoltados, funcionários protestam em frente à sede da empresa na manhã desta quarta-feira (15).

O secretário da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Estado, José Abelha, explica que o contrato da Enecol com a Enersul foi finalizado e que a prestadora de serviços não atuará mais em Mato Grosso do Sul.

“Eles foram embora do Estado, estão com problemas financeiros, mas precisam pagar os trabalhadores. Estamos esperando uma pessoa da Enecol e da Enersul, que precisa repassar o valor devido à empresa para que eles repassem para os funcionários”, conta.

Ao todo, 190 funcionários eram contratados pela empresa, 83 no interior e o restante na Capital. O anúncio das demissões ocorreu no fim do ano passado e os operários cumpriram aviso prévio.

Leonardo trabalhava no almoxarifado e agora passa por dificuldades financeiras (Foto: Marcos Ermínio)
Leonardo trabalhava no almoxarifado e agora passa por dificuldades financeiras (Foto: Marcos Ermínio)
Júnior é eletricista e está prestes a ser despejado (Foto: Marcos Ermínio)
Júnior é eletricista e está prestes a ser despejado (Foto: Marcos Ermínio)

A reclamação é em relação ao salário de dezembro, que ainda não foi pago, e ao acerto das demissões. Que tinham o prazo de até ontem (14) para serem pagos.

Leonardo Faustino, 29 anos, trabalhava no almoxarifado e passa por dificuldades financeiras. “Eu tenho família e filhos, agora estou sem dinheiro e minha mulher é a única que trabalha. Está muito difícil, queremos que eles paguem logo, só queremos o que é nosso”, explica.

Outro que passa por problemas é o eletricista Júnior Aranda, 31. Ele explica que o salário de R$ 763 faz falta para toda a família que já corre risco de despejo. “Eu pago aluguel e estou sendo colocado pra fora, precisamos do nosso salário com urgência”.

Segundo José Abelha, um diretor da Enersul se comprometeu a ir até a Enecol, que fica no bairro Tiradentes, na saída para Três lagoas, ainda nesta manhã. A expectativa é que a empresa já tenha data para repassar o valor à Enecol e em consequência aos trabalhadores.

Já a concessionária de energia divulgou ontem que está em dia com a empresa Enecol. “A Enersul esclarece que paga em dia todos os seus contratos, inclusive o com a Enecol”, afirmou a assessoria de imprensa.

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