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Capital

Terrenos viram criadouros de mosquito e moradores temem nova epidemia

Alan Diógenes | 30/09/2014 21:02
Bairros ainda continuam sujos e população teme a Dengue. (Foto: Marcelo Victor)
Bairros ainda continuam sujos e população teme a Dengue. (Foto: Marcelo Victor)

As chuvas que atingiram Campo Grande nos últimos dias tem preocupado a população que teme uma nova epidemia de dengue na cidade. Moradores dos bairros Santa Emília e Jardim Veraneio pedem que a Prefeitura Municipal limpe terrenos baldios que estão servindo de depósito de lixo e criadouro do mosquito que transmite a doença.

O jardineiro Ramão Cavanha, de 55 anos, morador do Jardim Veraneio, acredita que além da prefeitura fazer a limpeza, a vizinhança também deveria se conscientizar e parar de jogar recipientes que juntem água.

“Muitas vezes eu limpei terrenos baldios pelo bairro, mas depois de uns dias, eles estavam cheios de lixo novamente. Então, eu acho que as pessoas deveriam ter conscientização e parar de sujar o que já está limpo. Só assim iremos combater a dengue”, comentou.

Já no bairro Santa Emília o problema é maior em uma estrada vicinal que dá acesso a outro bairro, o Nova Campo Grande. No local é possível encontrar diversos pneus e garrafas pets cheios de água. A dona de casa Cinthia Leal Lemos, 32, contou que a prefeitura chegou a limpar o lugar há duas semanas, mas ele já está sujo novamente.

“Eles tinham acabado de limpar e as pessoas já começaram a jogar lixo novamente. Outro perigo são os buracos nas ruas que, quando chove, ficam cheios de água. Tenho um filho de 4 anos e meu medo é que ele pegue dengue. Por ele ser pequeno e com o organismo mais frágil, tem medo de que o pior aconteça”, destacou Cinthia.

No Jardim Veraneio, pneu velho foi encontrado cheio de larvas do mosquito da dengue. (Foto: Marcelo Victor)
No Jardim Veraneio, pneu velho foi encontrado cheio de larvas do mosquito da dengue. (Foto: Marcelo Victor)

Para o carpinteiro Antônio Gomes de Melo, 62, a prefeitura deveria destinar um lugar no bairro para que as pessoas jogassem o lixo fora. E que de 15 em 15 dias um caminhão basculante fizesse a retirada dos entulhos.

“Os moradores precisam jogar móveis velhos, podas de árvores, mas o Lixão é muito longe daqui. Você acha que uma pessoa que ganha um salário mínimo vai ter dinheiro para pagar um frete para retirar o lixo? Eles tinham é que pegar um terreno e deixar o povo jogar o lixo lá. Depois eles vinham e retiravam todo o entulho”, mencionou Antônio.

O moto entregador Joseilton da Silva, 42, disse que há cinco anos a área no Santa Emília era limpa, mas com o aumento da população local, o amontoado de lixo começou a aparecer. “O povo joga até bicho morto aí. Quando está calor o mau cheiro é insuportável. Deveria ter uma guarda municipal cuidando o tempo todo”, finalizou.

Entramos em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Grande para saber se haverá limpeza nos dois bairros, mas os telefonemas não foram atendidos.

Ramão acredita que as pessoas deveriam se conscientizar e parar de jogar lixo nos terrenos baldios. (Foto: Marcelo Victor)
Ramão acredita que as pessoas deveriam se conscientizar e parar de jogar lixo nos terrenos baldios. (Foto: Marcelo Victor)
Cinthia teme que o filho de 4 anos pegue Dengue. (Foto: Marcelo Victor)
Cinthia teme que o filho de 4 anos pegue Dengue. (Foto: Marcelo Victor)
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