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Capital

Teste da PRF feito em quadra de esportes deixa candidatos revoltados

Mariana Lopes | 06/10/2013 08:37
Teste da PRF feito em quadra de esportes deixa candidatos revoltados

Revoltados com a situação na qual foi aplicado o TAF (Teste de Aptidão Física) do concurso público da PRF (Polícia Rodoviária Federal), candidados de Mato Groso do Sul recorrem ao Ministério Público Federal e à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para pedirem nulidade da prova, realizada no último domingo (29), na quadra de esporte do Poli Esportivo Dom Bosco, em Campo Grande.

Segundo o candidato Jean Carlos da Silva, 26 anos, o TAF deveria ser aplicado na pista de atletismo do Poli Esportivo, mas foi realizada na quadra por causa da chuva. Conforme mostra no vídeo, foram colocados cones que indicavam a medida da quadra. Para os homens, a prova era de 2.300 metros, que deveriam ser feitos em 12 minutos. Enquanto as mulheres tinham que completar um percurso de 2.000, no mesmo tempo.

"Fizemos o cálculo e concluímos que teríamos que dar 23 voltar. Considerando que a quadra tem quatro quinas de 90º, teríamos que fazer 92 viradas, é quase uma prova de tiro e não de circuito,onde é necessária a frenagem para virar,ou seja, não permite o desenvolvimento da corrida em um ritmo frequente", pontuou Jean Carlos.

O TAF foi realizado das 8h às 18h, com várias baterias, de 10 a 15 candidatos. A candidata Luciana Helena do Amaral Gonçalves, 30 anos, por exemplo, contou que correu sozinha com 14 homens. "Eram todos os candidatos em um espaço de mais ou menos três metros, um atropelava outro", descreveu Luciana.

Outro problema apontado pelos próprios candidatos foi o piso da quadra, que é escorregadio e necessitaria de um tênis adequado. "Escorregava absurdamente, a corria e tinha que frear para fazer a virada, tudo isso perdeu tempo, eu fiquei por 30 metros, muito pouco", reclamou Luciana.

"Muda completamente a dinâmica da prova, o piso da quadra não absorve o impacto da corrida, só completou quem estava correndo acima da média, quem estava dentro da média, não conseguiu", ressaltou Jean Carlos, que correu 2.070 metros do percurso.

Lucaiana afirmou ainda que educadores físicos analisaram o TAF e acharam incorreto o que aconteceu. "É um concurso nacional e o nosso estado foi prejudicado, umas 20 pessoas reprovaram na corrida, candidatos de outras regiões nos mandaram fotos de como foi a pista na qual correram, e não há comparação", destacou Luciana. 

"Protocolamos uma representação no MPF, encaminhei uma parecida para a OAB e soube também que teve um candidato que protocolou requerimento na PRF, queremos justiça", reforçou Jean Carlos.

Como a prova foi aplicada pelo Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos), da UnB (Universidade de Brasília), a Polícia Rodoviária Federal não se manifestou sobre a situação. A reportagem do Campo Grande News entrou em contato também com a assessoria de imprensa do Cespe, que, até o fechamento desta matéria, não respondeu sobre o ocorrido.

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