ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Teste inovador que diagnostica septicemia é implantado no Hospital Regional

Luciana Brazil | 10/07/2012 21:37
O médico Oliver mostra dados positivos sobre o exame. (Fotos: Simão Nogueira)
O médico Oliver mostra dados positivos sobre o exame. (Fotos: Simão Nogueira)

Um teste de biologia molecular que oferece diagnóstico rápido e preciso de pacientes com suspeita de infecção hospitalar (sepse) está sendo implantando no Hospital Regional, em Campo Grande.

Em uma palestra, realizada pela DHL Diagnóstica e pelo laboratório Roche, os profissionais da saúde receberam informações sobre o potencial e as vantagens do exame. A conferência aconteceu na noite de hoje, no hospital.

O teste detecta, no período de até 6 horas, se a suspeita de septicemia (infecção generalizada) é positiva ou negativa, o que pode ser fundamental para a agilidade do tratamento.

De forma técnica, é possível dizer que o exame faz a detecção rápida de DNA de bactérias e fungos em infecções da corrente sanguínea.

O teste de hemocultura, exame tradicional que verifica a presença de bactérias e fungos no sangue, ou seja, se há infecção no corpo, era, até o momento, a única forma de confirmar a sepse, porém a hemocultura pode demorar até oito dias para ser concluída.

Com o novo teste, o SeptiFast Test MGrade, o paciente pode receber no mesmo dia do exame a confirmação se há ou não a infecção. Entretanto, o novo exame não veio para substituir a hemocultura, que deve ser feita concomitantemente com o SeptiFast, como salienta a empresa suíça Roche, responsável pelo desenvolvimento do teste.

O laboratório garante, por meio de dados científicos, que o exame aumenta a possibilidade de um paciente sobreviver, já que o diagnóstico correto é observado em menos de 24 horas.

Segundo a executiva de contas da Roche/São Paulo, Loraine Veiga, o principal beneficiado é o paciente. “Em primeiro lugar está sempre o paciente que recebe o diagnóstico mais apurado, o que pode salvar a vida dele, já que o tratamento acaba sendo feito mais rápido”.

Loraine explica que em primeiro lugar está o paciente.
Loraine explica que em primeiro lugar está o paciente.

De acordo com Loraine, existe ainda a função sócio-econômica que é a diminuição de custos do hospital.

A diária de um paciente na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) gira em torno de R$ 8 a 10 mil no Brasil. O valor do teste é de 20%, em média, da diária do paciente. O distribuidor da Roche, Marcelo Ferreira Mello, da divisão de biologia molecular de Mato Grosso do Sul, explica que o exame está em processo de implantação.

Segundo ele, Mato Grosso do Sul apresenta alto índice de infecção hospitalar. “A sepse mata mais do que o trânsito no Brasil. O exame vem para ajudar o paciente e para reduzir os custos do hospital”.

O médico-diretor da Roche nos Estados Unidos, Oliver Liesenfeld, ministrou a palestra na noite de hoje, para médicos e profissionais da saúde, onde apresentou dados que apontam o sucesso do exame. Segundo ele, foram cerca de sete a oito anos de pesquisa para chegar ao resultado, além de bilhões de dólares.

No Brasil, o exame já foi implantado em um hospital de São Paulo e em um laboratório no Rio de Janeiro, alem da implantação do Hospital Regional, em Campo Grande. No segundo semestre, de acordo com Loraine, o teste já estará em rotina.

O exame está presente também em 45 países da Europa, onde já é utilizado desde de 2007.

Nos siga no Google Notícias