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Capital

Tios de criança ferida até com alicate serão indiciados por tortura

Gabriel Neris e Viviane Oliveira | 01/02/2013 18:21
Entre a máquina de lavar e o tanque, a criança dividia espaço com três cachorros. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Entre a máquina de lavar e o tanque, a criança dividia espaço com três cachorros. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O casal preso por agredir o sobrinho de sete anos de idade no bairro Nova Lima, em Campo Grande, responderá pelo crime de tortura. A perícia na residência dos tios de 35 e 32 anos confirmou que a criança dormia na casinha de cachorro e também costumava ficar num cantinho da lavanderia.

De acordo com a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, o menino só entrava na casa para almoçar e jantar. Os tios moram numa casa de tábua nos fundos do terreno onde há outra residência.

Os exames do IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) apontaram várias fraturas no maxilar, mandíbula, costela e nãos mãos da criança. Até mesmo o órgão genital do menino foi ferido nas agressões. Na entrevista à imprensa, a tia confessou que a unha do pé do menino foi arrancada com alicate. A mulher confessou também que deixava a criança de castigo no sol e batia no menino quando ele urinava na roupa e tirava comida da geladeira, como pacotes de biscoito e iogurte.

A criança morava há oito meses com o casal em Campo Grande. A mãe mora no município de Nova Olímpia, em Mato Grosso. O pai estava preso no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e vive em liberdade atualmente. De acordo com os familiares, a criança estava com os tios após ter sido vítima de estupro.

A delegada afirmou que a mãe biologia será intimada, mas se não puder comparecer será ouvida por carta precatória.

A vigilante Sandra Rodrigues Caroline da Silva, de 25 anos, é vizinha do casal. Ela conta que tem um filho da mesma idade da vítima e os dois brincavam constantemente. Sandra diz que nunca percebeu algo anormal e ficou sabendo do caso através da imprensa. “Fiquei de boca aberta. Os dois pareciam ser pessoas normais”, conta.

Sandra relatou que quando fazia bolo para as crianças, o menino fazia questão de pedir para levar a tia. A vizinha disse nunca ter visto machucados na criança e quando percebeu somente uma vez acreditou em se tratar de algum acidente comum envolvendo crianças.

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