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Capital

Dogueiros protestam e garantem melhorias para prédio da rodoviária

Paula Vitorino | 06/10/2011 09:47

Saga dos dogueiros tem trégua com acordo para espaço da rodoviária ser melhorado até a mudança para a Orla Ferroviária

Traillers amanheceram hoje em frente à Central de Atendimento ao Cidadão. (Foto: João Garrigó)
Traillers amanheceram hoje em frente à Central de Atendimento ao Cidadão. (Foto: João Garrigó)
Dogueiros se reuniram em frente à Semadur para exigir melhorias em local de trabalho.
Dogueiros se reuniram em frente à Semadur para exigir melhorias em local de trabalho.

Os traillers de lanches que ocupavam os canteiros da Avenida Afonso Pena amanheceram em frente ao prédio da Central de Atendimento ao Cidadão, no cruzamento das ruas Arthur Jorge e Marechal Rondon. Os dogueiros se uniram para exigir melhorias no espaço onde, finalmente, foram aceitos, mas não conseguem trabalhar: o prédio da antiga rodoviária.

Desde terça-feira (5) os profissionais estão sem local para trabalhar, pois os canteiros da avenida foram fechados e o prédio da rodoviária não oferece energia elétrica, água e condições de segurança e higiene.

Uma comissão formada por cinco representantes da classe conversou por cerca de 40 minutos com o secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo, na sede da secretaria.

Prefeitura e dogueiros entraram no acordo de que os atendimentos vão ser feitos provisoriamente na rodoviária, desde que a administração garante infraestrutura mínima de atendimento ao público e manuseio de alimentos.

Já nesta manhã, equipe da Prefeitura e os dogueiros vão até a rodoviária para definir os pontos de energia elétrica e as melhorias necessárias.

“Ficou acertado de hoje já fazerem os serviços para podermos trabalhar. No máximo até amanhã já estaremos atendendo lá”, diz o presidente da Amval (Associação Municipal dos Vendedores de Lanches), Emerson Nascimento.

O acordo garante que o espaço terá energia elétrica, água, banheiros, seguranças e limpeza. A rua lateral da rodoviária também deve ser fechada no período de trabalho dos dogueiros, entre às 18h e 6h.

“A Guarda Municipal vai fazer uma limpa no local para garantir que os clientes tenham segurança para ir até os traillers de lanches”, explica.

De acordo com a associação, 18 dogueiros irão atender no espaço.

No entanto, a rodoviária deve ser o espaço dos dogueiros apenas provisoriamente. Os trabalhadores definiram que o novo local permanente dos lanches será na Orla Ferroviária, assim que as obras forem concluídas. A previsão é de que a mudança seja feita em março de 2012.

“Se a obra ficar igual o projeto vai ser muito. Vai ficar um lugar bonito e muito bom para trabalhar. Mas enquanto isso temos que trabalhar e precisamos de um espaço com infraestrutura”, diz Emerson.

Saga - Os dogueiros foram retirados do habitat tradiconal, os canteiros da Afonso Pena, devido o projeto de revitalização da via, já proposto desde 2009.

Nesse meio tempo, muitos trabalhadores procuraram outros pontos para trabalhar e outros esperaram o acordo de ir para a Orla Ferroviária, que não ficou pronta a tempo.

Com o início das obras da Afonso Pena, eles tiveram que sair do local e começou a saga para definir um novo ponto de comércio.

O primeiro espaço escolhido foi o Horto Florestal, mas o MPE (Ministério Público Ambiental) impediu alegando danos ao meio ambiente.

Depois, a Praça Aquidauana chegou a ser toda reformada para a mudança, mas em meio aos protestos dos moradores, o MPE também interditou a instalação no espaço.

Nesta semana eles foram acomodados na rodoviária e foram bem recepcionados por comerciantes e moradores vizinhos, que esperam a maior movimentação para o local considerado “ermo”.

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