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Capital

Traficantes apelam para consórcio para tentar driblar polícia na Capital

Renan Nucci | 11/08/2014 18:27
Delegado Rodrigo Yassaka, da Denar. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Rodrigo Yassaka, da Denar. (Foto: Marcos Ermínio)

Barrar o consórcio de drogas entre traficantes que agem em Campo Grande. Este tem sido um dos desafios da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Diante do aumento das apreensões e prisões, os criminosos se unem para amenizar os prejuízos e sustentar seus negócios ilegais, afirma do delegado Rodrigo Yassaka.

O delegado explica que na Capital não há disputa por territórios entre os traficantes. Eles se unem e dividem as despesas do carregamento de drogas. “Se houver apreensão, o prejuízo é menor”, afirma Yassaka, lembrando que a polícia está atenta quanto ao crime organizado e, para combatê-lo, atua de duas maneiras.

Uma delas é identificar quem são estes traficantes, como se organizam e de onde costumam importar os entorpecentes. “Estamos em rota de fronteira e geralmente os traficantes compram droga de exportadores da Bolívia ou Paraguai, grandes fornecedores de cocaína e maconha. Nosso setor de inteligência monitora as atividades e quando há materialidade nos crimes, executamos as interceptações”, aponta.

Outro método de atuação é a investigação em busca de bocas de fumo nos bairros. De acordo com Yassaka, Aero Rancho, Vila Nhá Nhá, Tiradentes e Los Angeles são os que registram a maior incidência. Para estes casos, o objetivo é tirar de circulação os indivíduos responsáveis por este comércio ilegal.

“Geralmente as apreensões em bocas de fumo são pequenas, mas o foco principal é prender os chefes articuladores. Isso causa certo impacto no mercado das drogas, e refle na possível redução de crimes relacionados como furtos e outros cometidos por usuários”, avaliou.

Conforme noticiado há pouco pelo Campo Grande News, o número de apreensões não para de crescer em todo Mato Grosso do Sul. Só neste ano as apreensões de maconha e cocaína aumentaram 62% e 35%, respectivamente, em uma comparação com o mesmo período do ano passado. Só de maconha, já foram retiradas de circulação 172 toneladas, enquanto de cocaína, 4,6 toneladas.

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