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Capital

Travesti morta em GO iria voltar para MS e família fala em homofobia

Nadyenka Castro e Mariana Lopes | 09/09/2012 08:40

Familiares e amigos acompanham velório de Gabi Santana, como a vítima era conhecida. Crime aconteceu na madrugada de sexta-feira

Amigos e familiares de Gabi acompanham velório na Capital. (Foto: Simão Nogueira)
Amigos e familiares de Gabi acompanham velório na Capital. (Foto: Simão Nogueira)
Gabriela Santana estava há oito meses em Goiás.
Gabriela Santana estava há oito meses em Goiás.

Assassinada a tiros na madrugada de sexta-feira em Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia, Goiás, a travesti Valdir Gabriel Santana pretendia voltar para Campo Grande na próxima semana. A informação é da família, que acredita em crime homofóbico e está revoltada com o caso.

Irmã da vítima, a atendente Rosenir Santana, 43 anos, conta que Gabi Santana, como a travesti era conhecida, foi para Goiás há oito meses para visitar uma amiga e acabou ficando por lá. Neste período, o contato com a família foi pouco, no entanto, na quinta-feira – poucas horas antes de ser morta – ligou para ‘casa’ e avisou que voltaria na próxima semana. “Ela disse que iria voltar e que estava tudo bem”.

Rosenir, que acompanha o velório de Gabi na Capital junto com outros parentes e amigos, acredita que a morte da irmã e das outras três travestis em Goiás tenha sido crime homofóbico. Amiga de Gabi, a promotora de vendas Luciana Fernandes, 41 anos, tem a mesma opinião. “A Gabi vai ser mais uma na estatística”, disse.

Luciana conta que assim que soube dos assassinatos pesquisou sobre a cidade e verificou que o município é o quinto mais homofóbico do País.

Gabriela Santana e outras duas travestis - Juliano Almeida de Andrade e outra identificada como Milena -, foram mortas quando estavam em uma região de motéis. De acordo com informações de jornais do município, as três se prostituíam quando um homem se aproximou, mandou que elas deitassem no chão e atirou.

As travestis foram mortas com tiros na cabeça. Duas delas estavam de mãos dadas. Nenhum suspeito pelo triplo homicídio foi preso.

Na mesma madrugada, em outro ponto da região metropolitana de Goiânia, a também travesti identificada como Windney Carlos da Silva Machado foi esfaqueada e morta. Dois homens foram presos acusados pelo assassinato, Henrique Alexandre Rodrigues e Jurivan Pereira dos Santos. Nenhum suspeito pela morte de Gabriela foi preso.

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