Travesti pegou joia de R$ 85 mil para garantir pagamento de programa
Apresentados à imprensa em coletiva na manhã desta quarta-feira (19), os travestis envolvidos no roubo de uma corrente avaliada em R$ 85 mil, no dia 7 de janeiro deste ano, no centro de Campo Grande, disseram que a jóia foi “penhorada” porque a vítima, um pecuarista de 28 anos, não quis pagar R$ 100 pelo programa.
“Não fizemos tudo o que ele pediu e depois ele não quis pagar R$ 100. Foi aí que passei o meu celular a ele e pedi a corrente como penhora, até ele me pagar o valor do programa”, diz o travesti Alexsandro Gonçalves da Rocha, a Alexia, 21 anos.
Em depoimento, ela comentou que recebeu ameaças do pecuarista. “Nós já estávamos sendo ameaçados quando o policial chegou dizendo que a vítima era do jogo do bicho e que ele tinha recebido R$ 50 mil para nos matar. Eu não sabia que eles (Dirceu Rodrigues dos Santos, 39 anos e Osmar Ferreira, 38 anos) eram policiais, tanto que foram entrando na minha casa, com meus primos pequenos, então agi em legítima defesa”, fala Alexia.
No entanto, a versão foi contestada pela investigação e laudos periciais. Conforme a Polícia, Osmar foi asfixiado, quase até a morte e Dirceu foi executado por Alexandre Gonçalves da Rocha, 19 anos. Alexia alvejou o abdômen do investigador, enquanto Alexandre disparou na sua cabeça.
Além de Alexia, os irmãos Marcos da Silva Alves, Mayara, 21 anos, e Jeferson da Silva Alves, a Darlene, 19, foram presos na sexta-feira (15). “Jeferson foi o primeiro a ser preso e resistiu à prisão. Marcos ainda estava em posse de um facão na bolsa, o que reafirma a tese da vítima de que eles andam armados”, comenta o delegado João Eduardo Davanço, responsável pela investigação.
