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Capital

Trio faz 10 reféns e foge levando pelo menos R$ 60 mil de lotérica

Luana Rodrigues e Aline dos Santos | 22/12/2015 10:23
Muito nervosa, mulher de 23 anos, que preferiu não se identificar, contou como foi a ação dos bandidos. (Foto: Gerson Walber)
Muito nervosa, mulher de 23 anos, que preferiu não se identificar, contou como foi a ação dos bandidos. (Foto: Gerson Walber)

Os três bandidos que assaltaram uma lotérica hoje de manhã fizeram 10 reféns e chamavam a todos pelo nome. A informação é de uma das vítimas, que contou que eles eram violentos, mas não agrediam mulheres. Além disso, não se preocuparam em esconder o rosto, mas ameaçavam atirar em quem olhasse para eles. Segundo a polícia, o bando fugiu levando de R$ 60 mil a R$ 70 mil da lotérica, localizada na Avenida Coronel Antonino,região norte de Campo Grande.

Muito nervosa, a mulher de 23 anos que preferiu não se identificar, contou que chegou para trabalhar e dois homens já estavam dentro da lotérica, com mais duas funcionárias. Ela foi rendida e amarrada com as colegas em um banheiro, e o mesmo ocorreu com mais seis funcionários.

Segundo a mulher, a colega que chegou primeiro contou a ela que estava abrindo a lotérica, quando foi rendida por um dos homens. O assaltante e um comparsa teriam entrado junto com a funcionária e esperado a chegado dos outros, que foram sendo colocados no banheiro com as mãos amarradas com uma fita adesiva, até que o rapaz que tinha a chave do cofre chegasse. "Eles peguntaram para todos se tinham a chave do cofre, mas ninguém tinha", disse.

Quando o rapaz chegou, foi agredido e obrigado a abrir o cofre sob a mira de uma arma. Segundo a mulher, o rapaz ficou nervoso e não conseguia lembrar a senha, sendo ainda mais ameaçado. "Eles falavam que iriam cortar nossos dedos com um alicate, imploramos para que ele abrisse logo", relatou a mulher.

Outro motivo para ameças, segundo a vítima, era o fato de as vítimas olharem para os rostos dos assaltante, que não se preocuparam em usar toucas ou capuz para esconderem, estavam apenas de boné.

A vítima disse que o trio ainda fez uma exigência quando estavam deixando o local: "disseram que não era para ninguém chamar a polícia antes de 20 minutos ou haveria tiros".

Conforme o policial militar Odenilson Ortega, do Batalhão de Choque, há possibilidade de um dos bandidos ser um ex-funcionário, já que sabia os nomes das vítimas, mas "ainda não possível acusar ninguém".

Além disso, testemunhas contaram aos policiais que os homens já haviam sido vistos nas imediações da lotérica, dias atrás, mas ninguém soube identificá-los. No local há câmeras de segurança, mas os assaltantes jogaram água o computador que armazena as imagens e a polícia ainda não se sabe se elas foram danificadas.

Neste momento, a lotérica continua fechada e os funcionários permanecem do lado de dentro, mas a polícia já deixou o local e está em busca dos bandidos.

Lotérica está fechada. (Foto: Gerson walber)
Lotérica está fechada. (Foto: Gerson walber)
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