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Capital

UFMS corta verba de refeição e alunos distribuem macarronada no corredor

Nadyenka Castro e Luciana Brazil | 18/06/2013 13:00
No cardápio de hoje, macarronada e suco de maracujá de graça. A fila foi grande. (Foto: Marcos Ermínio)
No cardápio de hoje, macarronada e suco de maracujá de graça. A fila foi grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Na parede, informações sobre o protesto que não tem data para acabar. (Foto: Marcos Ermínio)
Na parede, informações sobre o protesto que não tem data para acabar. (Foto: Marcos Ermínio)

Em protesto contra o corte de verba destinada à alimentação de 1,2 mil universitários, estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) distribuíram macarronada no corredor principal da instituição, nesta terça-feira.

“A manifestação vai até que a reitoria faça o remanejamento da verba”, disse o organizador do movimento, Maicon Nogueira, 26 anos, coordenador do DCE (Diretório Central Estudantil).

Maicon explica que nessa segunda-feira os acadêmicos foram informados que a verba destinada ao pagamento de almoço diário de 1,2 mil estudantes no Restaurantes Universitários havia sido cortada.

Com o corte, a partir de hoje, 800 universitários que não pagavam nenhum centavo pela refeição do meio-dia vão ter que pagar metade do preço: R$ 3,30. Os outros 400, que tinham bolsa parcial, terão que tirar do bolso R$ 6,60.

Em protesto ao fim da bolsa integral, estudantes arrecadaram alimentos e fizeram almoço na cozinha do DCE. O cardápio desta terça-feira foi macarronada – ao molho vermelho e ao molho branco – e suco de maracujá.

Os organizadores esperavam de 100 a 200 universitários, mas cerca de 400 foram almoçar no corredor central da UFMS.

Júlia e Jéssica mostram o almoço desta terça-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Júlia e Jéssica mostram o almoço desta terça-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Maicon, coordenador da manifestação explica os motivos. (Foto: Marcos Ermínio)
Maicon, coordenador da manifestação explica os motivos. (Foto: Marcos Ermínio)

A estudante de Educação Física, Jéssica Arévalo Lopes, 20 anos, pagava só metade do preço da refeição. “Antes tinha o dinheiro fixo todos os dias, agora, ficou ainda pior”, declara.

Júlia Mecchi, 20 anos, também futura educadora física, não era beneficiária da verba, mas, não gostou do corte. “A gente fica revoltado da mesma forma”, fala, referindo-se à indignação de quem, do dia pra noite, passa a arcar com os gastos com refeição.

Burocracia – Maicon explica que para ser beneficiário da bolsa, o acadêmico precisa  informar à reitoria valores da renda familiar, gastos com moradia e apresentar cópia do certificado de conclusão do Ensino Médio.
“Se somos universitários é porque já apresentamos o documento”, indigna-se Maicon, que define a burocracia como “manobra para dificultar o acesso à alimentação”.

De acordo com Maicon, já foi encaminhado à reitoria requerimento pedindo dados sobre gastos da UFMS e cópia do contrato com a terceirizada do RU. Eles também querem a reabertura do edital para o benefício do ‘vale refeição’, que foi fechado há um mês.

A reportagem já entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFMS e aguarda retorno.

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