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Capital

Umidade a 25% e temperatura de 34º C castigam campo-grandenses

Elverson Cardozo | 02/08/2012 16:45
Em Campo Grande, no início da manhã, os termômetros registraram 22°C. No início da tarde a máxima foi de 34°C, segundo dados da Estação Metrológica do Aeroporto. (Fotos: Minamar Junior)
Em Campo Grande, no início da manhã, os termômetros registraram 22°C. No início da tarde a máxima foi de 34°C, segundo dados da Estação Metrológica do Aeroporto. (Fotos: Minamar Junior)
No centro da cidade, senhora tenta se esconder do sol.
No centro da cidade, senhora tenta se esconder do sol.

A natureza dá os sinais e o vendedor ambulante anuncia: “Olha a água mineral. Um real a garrafa gelada”. A propaganda, aos berros, é estratégia de venda, claro, mas também é o aviso de que o tempo está seco e o sol está queimando lá de cima, sem piedade com quem transita aqui embaixo.

Dados da estação metrológica do Aeroporto Internacional de Campo Grande apontam que a temperatura chegou aos 34º C na tarde desta quinta-feira (2). Para piorar a situação, o tempo está seco. A umidade relativa do ar, que estava na casa dos 42% às 7h da manhã, despencou para 25%.

Se o astro rei não dá trégua, o jeito é procurar alternativas para amenizar o mormaço, a secura e o calorão. Na beirada da calçada, na rua Barão do Rio Branco, próximo ao cruzamento com a rua 14 de julho, o guardador de veículos José Rocha Santana, de 54 anos, passa 12 horas embaixo de uma sombrinha.

Enfrentar o sol quente não é uma atividade muito convidativa, mas para José Rocha, o calor de Campo Grande é ameno, sem comparado às altas temperaturas registradas em Corumbá, por exemplo. Mesmo assim, afirmou, não é bom abusar. “O médico fala para gente tomar 4 litros de água por dia, mas eu acho que tomo uns oito”, disse.

Para refrescar, tem quem prefira um sorvete no meio da tarde, na hora do almoço ou até mesmo durante o intervalo do expediente.

Ana Lucia e as filhas. Na casa dela, quando a umidade cai, a velha toalha molhada volta à cabeceira da cama.
Ana Lucia e as filhas. Na casa dela, quando a umidade cai, a velha toalha molhada volta à cabeceira da cama.
Embaixo de uma sombrinha, guardador de carros passa cerca de 12 horas diárias na Barão do Rio Branco.
Embaixo de uma sombrinha, guardador de carros passa cerca de 12 horas diárias na Barão do Rio Branco.

Mas tem quem saia com a bolsa encima da cabeça para se proteger do sol ou se esconde embaixo do primeiro guarda-chuva que encontrar. O que importa é se proteger.

A dona de casa, Ana Lucia Simões, de 31 anos, foi ao centro com as três filhas, de 1, 6 e 14 anos. Comprou sorvete para todas. “Só assim para aguentar”, comentou, acrescentando que o tempo seco muda a rotina.

Em casa, disse, a velha toalha molhada vai parar na cabeceira da cama toda a vez que a umidade cai. A vendedora Deyse Pires, de 24 anos, também sofre nesta época do ano.

Ontem a filha de 8 meses foi parar na Santa Casa. “Ela tem alergia desse tempo seco”, contou. “Ela estava com o nariz escorrendo e com dificuldades para respirar”, completou. Entre as prescrições médicas, inalações, antialérgicos e muita hidratação.

Na Capital pela primeira vez, o curitibano Rafael Torres estranhou o clima. Achou a cidade seca e muito quente, mas vai ter que se acostumar. É que o propagandista de 34 anos agora atende clientes em Campo Grande. O jeito, afirmou, é tomar muito líquido e não se esquecer do protetor solar.

Solange Ferreira da Silva, a vendedora de sorvete italiano da Barão.
Solange Ferreira da Silva, a vendedora de sorvete italiano da Barão.
O vendedor de água de coco, Ismael Nunes Filho. “Nesse tempo mais seco vende sem parar”, disse.
O vendedor de água de coco, Ismael Nunes Filho. “Nesse tempo mais seco vende sem parar”, disse.

Lucro - Se por um lado, o tempo está judiando dos campo-grandenses e visitantes, por outro as altas temperaturas fazem a alegria de quem trabalha no comércio. O vendedor de água de coco, Ismael Nunes Filho, de 63 anos, vendeu, até o início da tarde, mais de 60 unidades. “Nesse tempo mais seco vende sem parar”, comentou.

Já a vendedora de sorvetes italianos da rua Barão do Rio Branco, Solange Ferreira da Silva de 44 anos, está sorrindo à toa. Quando a temperatura sobe é sinal de que as vendas vai aumentar.

“A gente vende 50% a mais”, conta. Chocolate com creme, comenta, é o carro-chefe. “Todo mundo gosta”, diz a mulher que está acostumada a dar entrevistas em épocas sazonais. “Meu ângulo é de cima para baixo. De frente me engorda”, brincou, ao conversar com o fotógrafo.

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