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Capital

Universidade proíbe até piercing e alunos faturam com guarda-volumes

Viviane Oliveira e Caroline Maldonado | 08/11/2015 15:43
Aluno de cursinho, Gabriel Feijó, segurava bolsas, casacos e celulares. (Foto: Fernando Antunes)
Aluno de cursinho, Gabriel Feijó, segurava bolsas, casacos e celulares. (Foto: Fernando Antunes)

Vários candidatos do vestibular de Medicina da Uniderp em Campo Grande realizado neste domingo (8), compareceram ao local da prova com objetos que foram proibidos no edital e teve acadêmicos faturando com o serviço de guarda-volumes. No total, são 120 vagas oferecidas. A prova começou às 14h e vai até às 18h.

Para evitar fraudes, as medidas de segurança nos vestibulares da universidade foram reforçadas. Neste ano, o candidato não pode entrar com lanche, piercing, brinco e anel. Para o exame, são aceitos apenas caneta esferográfica transparente de tinta de cor azul ou preta e água em garrafa transparente.

Para ajudar e ganhar dinheiro extra, acadêmicos de Medicina da universidade estavam no local com dois carros guardando os objetos dos alunos. “A gente guarda em saquinho, coloca nome e número do RG e depois da prova o candidato acerta”, conta a jovem. Para cada item são cobrados R$ 5.

Animada, a acadêmica disse que ainda não sabe quanto o grupo vai faturar, mas a expectativa é boa. Um pouco antes do portão fechar, dois carros já estavam cheios de objetos. Em frente à universidade, também tinha muita gente de colégios e cursinhos dando apoio sem cobrar nada.

Grupo de acadêmicos de medicina da universidade aproveitaram para faturar com o serviço de guarda-volume. (Foto: Fernando Antunes)
Grupo de acadêmicos de medicina da universidade aproveitaram para faturar com o serviço de guarda-volume. (Foto: Fernando Antunes)
Candidatos na entrada da universidade. (Foto: Fernando Antunes)
Candidatos na entrada da universidade. (Foto: Fernando Antunes)

O Aluno de cursinho, Gabriel Feijó, segurava bolsas, casacos e celulares. “No começo não entrou ninguém com esses objetos, depois teve gente que conseguiu passar”, conta.

A professora Luciana Albernas, do Colégio Nota 10, disse que os alunos foram alertados quanto aos itens proibidos. “Mesmo assim a gente fica na retaguarda para ajudar, porque eles sempre trazem alguma coisa que não pode”, destaca. Professores e alunos do cursinho estavam com quiosque montado em frente à universidade. A escola estava com 60 alunos prestando vestibular hoje.

Faltando cinco minutos para fechar os portões, Juliane Sales, entrou com seis canetas no bolso para garantir. Teve gente também que leu o edital, mas não se atentou as regras como Gabriele Carvalho. Ela estava de corrente, brinco e piercing e só começou a tirar os objetos na fila.

O Colégio Ambiental também compareceu para dar assistência aos 300 alunos que iam fazer a prova. “Eles estão bem interessados, preparados e consciente do que pode ou não”, destaca.

No vestibular de 2013, 23 pessoas foram presas acusadas de fraudar o vestibular para Medicina da instituição. Entre os detidos havia dois sul-mato-grossenses e dois alunos que já cursavam Medicina em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Os outros vieram de estados, como Pará, Minas Gerais, Goiânia e Mato Grosso.

Prova - Conforme o edital do vestibular, os candidatos deverão manter, durante a realização da prova, as orelhas visíveis, os cabelos atrás das orelhas, presos, bem como, permanecer de camisas ou blusas de mangas longas dobradas, expondo o antebraço.

Também não será permitido aos candidatos acessarem e/ou permanecerem nos locais de prova, portando, ainda que desligados ou fora de uso, telefones celulares, pagers, bip,walkman, ipod, ipad, gravador, qualquer outro receptor ou transmissor de mensagens, e ainda, acessórios como relógios de qualquer espécie, bolsas, carteiras, mochilas, capacetes, bonés, viseiras, chapéus, lenços, cachecol, bandanas, brincos, anéis, pulseiras, broches, bótons ou similares, bem como lanches de qualquer espécie.

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