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Capital

Vacinação contra raiva em cães e gatos começa nesta sexta-feira na Capital

Paula Vitorino | 20/10/2011 12:07

Campanha será feita pelas equipes de casa em casa. CCZ alerta que imunização é importante para evitar transmissão do vírus para cães e gatos, como aconteceu no mês de agosto

Em agosto, animais do Jardim Anache foram vacinados contra raiva de forma emergencial, após caso de cão com vírus. (Foto: Simão Nogueira)
Em agosto, animais do Jardim Anache foram vacinados contra raiva de forma emergencial, após caso de cão com vírus. (Foto: Simão Nogueira)

A vacinação contra raiva de 2011 em cães e gatos começa nesta sexta-feira por dois bairros de Campo Grande. Os agentes do CCZ (Centro Centro de Controle de Zoonoses) irão percorrer todas as residências da região do Noroeste e Nova Campo Grande na primeira parte do cronograma de vacinação.

Após a imunização dos animais dos dois bairros, que deve ser feita em aproximadamente uma semana, a Secretária de Saúde do município irá divulgar as próximas regiões que serão visitadas pelas equipes do CCZ. A previsão é de que o cronograma de vacinação, abrangendo todos os bairros da Capital, seja concluído em cerca de dois meses.

As doses da vacina foram entregues ontem pela Secretaria Estadual, que já distribuiu também para os outros municípios. O prazo de início da vacinação do Ministério da Saúde é até o dia 31 de outubro, tendo cada cidade a autonomia de estabelecer o seu cronograma.

Na Capital, a campanha será feita em conjunto com o trabalho dos agentes de coleta de sangue para análise de leishmaniose, que está sendo feita nos bairros da Capital desde julho.

De acordo com a coordenadora provisória da imunização antirrábica, Maria Aparecida Conche Cunha, o município recebeu 120 mil doses de vacina e pretende imunizar toda a população de cães – 100 mil - e gatos – 20 mil da Capital.

“Quando os postos de vacinação eram fixos em alguns locais tínhamos dificuldade em alcançar o 80% de imunização, mas agora, com a vacinação nas residências, conseguimos ultrapassar essa meta sempre”, diz Maria.

Desde 2007 a campanha antirrábica na Capital não tem mais pontos fixos de vacinação e é feita pelos agentes do CCZ diretamente nas residências.

Mas a médica ressalta que para a imunização 100% os proprietários das residências precisam colaborar, já que o índice de casas fechadas é alto. “Todas as casas visitadas que estiverem fechadas vão receber notificado do CCZ e os donos não tem desculpa para não vacinar o animal”, diz.

Os agentes deixarão um comunicado nas casas que encontrarem fechadas avisando que a equipe do CCZ já passou pelo local e não encontrou ninguém. Com isso, os proprietários deverão levar seu animal até a sede do CCZ para a vacinação. Os imóveis já visitados não receberão novamente o agente de saúde.

No CCZ funciona o único ponto fixo de vacinação para os animais que não forem imunizados nas residências. A veterinária também ressalta que não serão vacinados cães e gatos que morem na rua.

Para garantir a segurança das residências, o CCZ informa que os agentes sempre farão as visitas no período entre às 7h e 13h, de segunda a sexta-feira, e estarão uniformizados, com crachá e em duplas ou trios.

Caso de raiva - Em agosto deste ano um caso de cão contaminado com raiva no Jardim Anache deixou em alerta os órgãos de saúde. O Ministério da Saúde disponibilizou de forma emergencial 1.300 doses da vacina antirrábica para serem aplicadas nos animais da região do Anache.

Mesmo os cães e gatos da região já tendo sido imunizados de forma emergencial há dois meses, o CCZ esclarece que o bairro também irá entrar no cronograma de vacinação antirrábica e os animais deverão ser novamente imunizados.

Mas de acordo com a médica veterinária, foi constatado por exame laboratorial que o cão com raiva foi contaminado pelo vírus de um morcego. “Isso comprova que o vírus da raiva não se proliferou na região e, sim, o cão teve contato com algum morcego’, diz.

A veterinária alerta que é comum casos de morcegos contaminados com raiva em Campo Grande e por isso é importante a vacinação em cães e gatos, para prevenir que eles sejam meios de transmissão do vírus para humanos.

O cachorro infectado chegou a morder um adolescente de 16 anos, que recebeu a vacina contra raiva de imediato, como é de praxe no caso de mordidas de cães e gatos.

Vacina - A vacina que será distribuída a partir de amanhã é a mesma que apresentou problemas no ano passado e foi suspensa pelo Ministério da Saúde. O órgão determinou a suspensão da vacinação após casos de mortes em seguida da vacinação.

No entanto, a veterinária do CCZ esclarece que não houve nenhum caso de morte em Campo Grande e que também não ficou comprovado que os óbitos em outros Estados foram em decorrência da vacinação.

Segundo ela, a nova formulação da vacina, aplicada desde o ano passado, promove melhor resposta no animal e protege melhor seu organismo conta o vírus. A veterinária também esclarece que a vacina pode apresentar reações como febre e dor no local da aplicação por até 3 dias após a vacinação, mas que o efeito é mais comum quando o animal recebe a primeira dose.

“É como um bebê que recebe vacina pela primeira vez, pode apresentar algumas reações logo após”, diz.

Serviço - O CCZ fica na Avenida Senador Filinto Müller, 1601 - Vila Ipiranga. Mais informações pelos telefones: 3314-5000 / 3314-5001

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