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Capital

Valeta em travessia elevada prejudica acessibilidade em frente à Apae

Elverson Cardozo | 22/08/2012 14:51
Travessia elevada foi construída há 2 semanas. (Foto: Pedro Peralta)
Travessia elevada foi construída há 2 semanas. (Foto: Pedro Peralta)

A travessia elevada construída há aproximadamente 2 semanas em frente ao Centro Especializado de Reabilitação da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) na Vila Progresso, em Campo Grande, tem prejudicado o acesso de pacientes à unidade.

É que a rampa, como todas as outras espalhadas pela cidade, tem uma valeta (para escoamento da água da chuva) de aproximadamente 10 centímetros em suas laterais, o que dificulta a passagem de cadeirantes e mães com carrinhos de bebê, por exemplo.

Quem precisa estacionar em frente à associação para desembarcar pacientes também reclama, assim como os motoristas de ambulâncias da Capital e do Interior do Estado.

Auxiliar administrativo da Apae, Carlos Eduardo, de 28 anos, conta que antes da instalação da travessia, os condutores paravam na porta da associação. Agora, com o obstáculo, a maioria para em cima na rampa, praticamente no meio da rua.

Há poucos dias, contou, um carro ficou com a roda dianteira presa no buraco. Fisioterapeuta da Apae, Renan Lucchesi Cordeiro, de 28 anos, explicou que a administração da unidade solicitou a instalação da travessia elevada na rua Carlinda Tognini – que é linha de ônibus - após reclamações de pacientes.

Segundo Renan, a rua sempre foi movimentada e o os motoristas não costumavam respeitar o limite de velocidade. A situação, afirmou, melhorou, mas o poder público, ao instalar a rampa, não pensou na questão que envolve a acessibilidade.

Segundo pacientes, valetas prejudicam acesso ao prédio. (Foto: Pedro Peralta)
Segundo pacientes, valetas prejudicam acesso ao prédio. (Foto: Pedro Peralta)

“Por ser um local de grande movimentação de pacientes poderia ter sido uma coisa mais adequada”, declarou, ao destacar que todos os pacientes atendidos pela associação são portadores de deficiência física.

A solução a curto prazo, sugeriu, seria a construção de bueiros nas laterais da rampa.

Celeito Lopes, de 49 anos, concorda com o fisioterapeuta no quesito "falta planejamento". Para o funcionário público, a travessia ajudou, “mas deveria ter sido melhor”.

Moradora de Dois Irmãos do Buriti, a trabalhadora rural Jaqueline Franco Fernandes, de 31 anos, acredita que as valetas oferecem risco aos pacientes que precisam de atendimento no Centro de Reabilitação. ”Às vezes você está distraído e não vê. Alguém pode cair aí”.

A Apae da Vila Progresso foi inaugurada em janeiro deste ano e atende cerca de 85 pacientes – da Capital e interior do Estado – todos os dias. O local funciona das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h.

A reportagem tentou contato com a prefeitura de Campo Grande, mas não obteve resposta sobre o assunto.

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