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Capital

Velório de desembargadora reúne várias autoridades do Estado

Nyelder Rodrigues e Nicholas Vasconcelos | 20/09/2012 21:51
Juíza está sendo velada no saguão do TJ-MS, no Parque dos Poderes (Foto: Simão Nogueira)
Juíza está sendo velada no saguão do TJ-MS, no Parque dos Poderes (Foto: Simão Nogueira)

A desembargadora Marilza Lúcia Fortes, de 66 anos, que morreu nesta quinta-feira (20), está sendo velada esta noite no saguão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desde às 19h, no Parque dos Poderes.

Marilza, que estava internada desde o início da semana, lutava contra um câncer que começou nas mamas e depois atingiu outros órgãos. Entre os presentes no velório, estavam vários autoridades do judiciário e polícia sul-mato-grossense.

Entre eles estava o juiz Alexandre Antunes da Silva, que além de amigo, foi o substituto dela na posição de juiz auditor da Justiça Militar em 2006, quando ela foi nomeada desembargadora e tomou posse no TJ-MS.

“Ela era uma juíza muito enérgica, mas tinha muito carinho pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Sempre buscou atuar na defesa e melhora dessas corporações”, afirma Alexandre Antunes, que acrescentou que foi uma honra a suceder na auditoria.

Outra autoridade presente no velório foi o presidente do TJ, o desembargador Hildebrando Coelho Neto. Para ele Marilza, como julgadora, ela tinha uma sensibilidade que só as mulheres tem. “Era um julgamento justo, que vai fazer muita falta”, conta.

Já o Chefe de Estado Maior da Polícia Militar, coronel Guilherme Gonçalves, conta Marilza era uma juíza rígida com quem agia fora da lei. “A prova do E a prova do respeito que os militares tinham com ela é a quantidade de policiais presentes no velório”.

Segundo coronel Guilherme, tanto para os oficiais que trabalharam com ela, quanto para os mais novos, ela era um ícone para manter a polícia em uma linha respeitável.

Desembargadora Marilza atuou de 1980 até 2006 como juíza auditora da Justiça Militar (Foto: Simão Nogueira)
Desembargadora Marilza atuou de 1980 até 2006 como juíza auditora da Justiça Militar (Foto: Simão Nogueira)

Conquistas e amigos - O desembargador Fernando Marinho afirma que Marilza tinha muito orgulho das conquistas dela, já que era a terceira mulher na história do Mato Grosso do Sul a ser desembargadora e também a primeira desembargadora negra do Estado.

Além disso, Fernando conta que ela era muito amiga, companheira e solidária. A opinião dele é compartilhada por Michele Oliveira Garcia, que trabalhou por oito anos como assessora de Marilza.

“Ela era uma segunda mãe para mim. No gabinete, todos se davam muito bem, sempre em sintonia. Sempre nos reuníamos para comemorar o fim do ano. Ela era uma juíza muito corajosa e decidida.

O secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, também foi ao local. Para ele, a desembargadora era uma das grandes magistradas que se pautava pela lei, para aplicar a justiça. “Era uma grande defensora das individuais e uma grande amiga”.

Já o advogado criminalista Renê Siufi, comentou que a desembargadora Marilza era muito justa e atenciosa, sempre atendendo aos advogados. “Ela ouvia e conversava com os advogados”, explicou.

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