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Capital

Vereador não fugiu do local e passou mal a caminho de delegacia, diz filho

Filipe Prado | 29/09/2014 15:34
Ayrton Araújo não fugiu do local do acidente e passou mal a caminho da delegacia (Foto: Assessoria da Câmara)
Ayrton Araújo não fugiu do local do acidente e passou mal a caminho da delegacia (Foto: Assessoria da Câmara)

O filho do verador Ayrton Araújo (PT), acusado de atropelar e matar Célia Abud Almoreno, 35 anos, na noite de ontem (28), no Bairro Coophavila II, afirmou que o pai não fugiu do local. Ele contrariou as informações registradas no boletim de ocorrência. O vereador invadiu a pista contrária e colidiu com a Honda Biz, pilotada pela vítima.

Segundo Adeilson Freitas de Araújo, 28, filho do vereador, Ayrton permaneceu no local do acidente. No entanto, por conta da aglomeração de moradores e parentes da vítima, uma mulher ofereceu sua casa para que ele ficasse e assim “defender a sua integridade física”.

Ainda afirmou que os policiais que estavam no local sabiam que ele iria para à casa e permitiram que ele fosse. “A casa ficava em frente ao local do acidente. Os policiais aconselharam meu pai a ficar lá”, comentou Adeilson, que ficou no local do acidente, segundo o registro policial.

Do Coophavila II, Ayrton, conforme o filho, passou mal e seguiu direto para o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. “Meu pai ia para a delegacia, mas passou mal, já que sofreu uma angioplastia coronária (procedimento cirúrgico no coração, realizado no início do ano)”, frisou o rapaz. Saindo da unidade, o vereador seguiu para a delegacia, prestou depoimento e, depois, foi liberado.

Em estado de choque e a base de calmantes, o vereador não quis falar com a imprensa. “Ele está em estado de choque, pela maneira que aconteceu. Para família isso é um trauma”, desabafou Adeilson.

O Campo Grande News procurou o médico plantonista que atendeu o vereador na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário. Por meio da assessoria de imprensa, mas nenhuma informação foi repassada. Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, não é permitido o acesso aos prontuários médicos dos pacientes.

Investigações – O caso, registrado como homicídio culposo, foi encaminhado para a 6ª Delegacia de Polícia, do Bairro Tijuca I. O delegado titular, Pedro Espindola de Camargo, revelou que o inquérito policial será aberto após a chegada da documentação necessária.

Com isso serão feitas oitivas com testemunhas e familiares da vítima e do acusado. O laudo do local, feito pela perícia, também está sendo aguardado.

Tragédia na Coophavilla - Conforme o boletim de ocorrência, registrado na Depac Piratininga (Delegacia de Pronto Atendimento), Ayrton Araújo evadiu do local e deixou seu filho responsável pelo carro. Houve tumultos com moradores.

O acidente ocorreu por volta das 21 de ontem na Rua Nasri Siufi, no Bairro Coophavila II, na saída para Sidrolândia. Depois da colisão, conforme o boletim de ocorrência, registrado na Depac Piratininga (Delegacia de Pronto Atendimento), Ayrton Araújo evadiu do local e deixou seu filho responsável pelo carro, já que houve tumulto com moradores da região em razão de Celia ter morrido no local.

O motorista passou mal logo depois e procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Universitário. Por volta das 23h, duas depois do acidente, o vereador se apresentou na delegacia.

O teste de alcoolemia não indicou a existência de álcool no sangue do motorista.

O vereador do PT havia saído de uma reunião partidária no Santo Amaro e se dirigia para o Parque do Sol.

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