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Capital

Vereadores constatam melhorias em hospital e novo fica pronto em 2015

Nadyenka Castro e Luciana Brazil | 17/05/2013 12:07
Vereadores encontram clima de tranquilidade e bom atendimento. (Foto:Marcos Ermínio)
Vereadores encontram clima de tranquilidade e bom atendimento. (Foto:Marcos Ermínio)

Integrantes da CPI da Saúde, os vereadores de Campo Grande, Carla Stpehanini (PMDB), Flávio Cesar (PTdoB) e Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD), estiveram na manhã desta sexta-feira no Hospital do Câncer Alfredo Abrão e constataram melhorias. O diretor-presidente, Carlos Alberto Coimbra, informou que o novo prédio da unidade fica pronto em dois anos.

Foram duas horas de visita em todo o hospital. De acordo com Flávio Cesar, ele e os colegas conheceram todos os setores da unidade de saúde e constataram que o clima é tranquilo, com pacientes sendo bem recebidos e mudanças no sistema de atendimento.

Na administração anterior, o paciente era atendido por um médico aleatoriamente, independente do tipo de câncer. Agora, o encaminhamento é feito de acordo com a divisão de especialidades dentro da oncologia.

Conforme o vereador, a Comissão quer agora visitar o HU (Hospital Universitário) e aguarda retorno da direção sobre a data. Na segunda-feira (20), a CPI da Saúde vai ouvir o Conselho Municipal de Saúde. A reunião está marcada para as 9 horas, na Câmara Municipal.

O diretor-presidente do Hospital do Câncer afirmou que o atendimento aos pacientes está normal, não houve suspensão de convênios e que os repasses do SUS (Sistema Único de Saúde), continuam.

Segundo Carlos Coimbra, houve redução de 40% nas doações. “De R$ 230 mil caiu para R$ 170 mil”, diz, referindo-se ao montante que o hospital arrecada por mês. “Acredito que isso vá mudar”.

Carlos Coimbra disse ainda que a atual administração “não é à porta fechadas”, e que todas as decisões que são tomadas é feita consulta ao MPE (Ministério Público Estadual) e à Polícia Federal. “Para saber se é legal”, diz.

Por que? - A visita da CPI da Saúde é por conta das denúncias de irregularidades no serviço de oncologia do Estado.

Realizada há quase dois meses, a operação Sangue Frio apreendeu documentos no Hospital do Câncer e no HU (Hospital Universitário). Também foram alvos a clínica Neorad e a residência do médico Adalberto Abrão Siufi. Até então ele era diretor-geral do Hospital do Câncer e um dos donos da clinica, que atende pacientes do SUS.

Dias antes da ofensiva, deflagrada pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal), a promotora havia pedido à Justiça o afastamento da direção do Hospital do Câncer.

A denúncia era de autocontratação, prática proibida, e valor diferenciado para a clínica de Siufi, que recebia tabela SUS mais 70%. O MPE ainda apontou a contratação de parentes do médico por valores acima do praticado no mercado.

Antes da Justiça se manifestar, o Conselho Curador do hospital afastou os diretores. Em seguida, veio a ordem judicial para afastamento. Os diretores pediram desligamento e a ação foi extinta.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, veio a Campo Grande para instalação de uma força-tarefa. O grupo faz varredura nos prontuários de pacientes vivos e mortos que passaram pelo setor de oncologia do Hospital do Câncer, HU, Santa Casa e HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian.

Divulgado na última terça-feira, balanço aponta que já foram verificados indícios de irregularidades em 236 prontuários, sendo 143 do Hospital do Câncer.

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