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Capital

Vereadores vão à empresa recém criada que levou 1,5 mi da prefeitura

Ângela Kempfer e Jéssica Benitez | 09/07/2013 09:53
Sede da Salute, na rua das Garças. (Foto: Marcos Ermínio)
Sede da Salute, na rua das Garças. (Foto: Marcos Ermínio)

Dois vereadores resolveram visitar na manhã de quarta-feira, a sede da empresa Salute Distribuidora de Alimentos. Flavio Cesar (PTdoB) irá como presidente da Comissão de Educação da Câmara e Carla Stephanini (PMDB) em nome da Comissão de Assistência Social.

Eles resolveram verificar no local denúncias de favorecimento à empresa criada há3 meses, que funciona em uma sala pequena na rua das Garças, número 372.

A Salute ganhou um contrato de R$ 1,5 milhão, para fornecimento de alimentação à prefeitura de Campo Grande, mas tem uma sede bem modesta, à altura do capital social da empresa, que é de R$ 50 mil.

A sede fica em uma galeria com 3 salas de aparentemente cerca de 10 metros quadrados. Nos últimos dois dias, ninguém foi encontrado no local. O portão está cadeado e as duas outras salas estão vazias.

“Por enquanto vamos ver in loco qual é a situação, para investigar irregularidades. Mas a parte contratual caberá à CPI do Calote”, explica Flávio César.

O presidente da comissão que investiga a falta de pagamento aos fornecedores do município, Paulo Siufi garante que vai averiguar, mas já levanta suspeitas sobre ao contrato com a Salute. “Não e possível que uma empresa criada em abril ofereça preços menores que os de mercados atacadistas que estão aí há anos”, argumenta
Em seis meses de gestão de Alcides Bernal, pelo menos duas empresas contratadas têm capital social muito inferior à verba pública que devem receber pela serviço prestado ao Executivo.

A Salute nem sequer, ganhou licitação e levou o contrato de R$ 1,5 milhão. Já a Mega Serv levará mais R$ 4 milhões para limpeza de postos de saúde, apesar de o capital ser de R$ 600 mil.

Aberta em 19 de abril deste ano, a Salute abocanhou 43 itens do “Processo n. 46837/2013-20”, conforme o Diogrande do dia 1° de julho, e acabou faturando o serviço para fornecimento de alimentos direcionados à SAS (Secretária Municipal de Assistência Social), totalizando valor superior a R$ 1,5 milhão. Ainda segundo publicação do Diário Oficial a contratação dispensou licitação e tinha como critério o menor preço.

Entre as entregas que deverão ser feitas pela prestadora de serviço, estão quase 20 mil quilos de frango, mais de 40 mil pacotes de biscoito, 46 mil quilos de feijão carioquinha, entre outros alimentos que também devem ser entregues em grande demanda.

O registro da Receita Federal revela que não existe "título do estabelecimento" (nome fantasia). Na internet a empresa não possui pagina oficial para melhor informação do cliente, nem vestígio de registro em redes sociais.

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