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Capital

Vídeo mostra funcionária do Ministério cobrando propina e sendo presa pela PF

Zana Zaidan | 19/06/2014 00:09

A Polícia Federal divulgou hoje (18) vídeo em que a funcionária do Ministério da Saúde, Roberlaine Patrícia Alves, 28 anos, foi presa em flagrante após receber propina para liberar R$ 2,6 milhões em emendas para o Hospital do Câncer Alfredo Abraão, em Campo Grande. Com o recurso, a instituição compraria equipamentos de radioterapia, além de receber um acelerador linear.

A gravação foi autorizada pelo juiz federal Odilon Fernandes, depois que o diretor-presidente do hospital, Carlos Alberto Coimbra, denunciou o esquema à PF.

As imagens, gravadas na segunda-feira (16), mostram o encontro de Roberlaine com Coimbra. Também com autorização da Justiça, ele já havia depositado R$ 50 mil, em recursos próprios, em uma conta informada pela servidora. O valor pedido totalizava R$ 150 mil, por isso, ele chega a pedir que ela “o ajude” e diminua os R$ 100 mil restantes. “Não consigo, Carlos, estou esmagada, só vim aqui por causa disso”, responde a mulher.

O diretor preencher sete cheques – quatro de R$ 10 mil e três de R$ 20 mil, e entrega à funcionária, que guarda as lâminas na carteira, garantido que, com o pagamento, os R$ 2,6 milhões seriam empenhados até o dia 30 de junho.

Roberlaine foi presa após ser filmada recebendo propina (Foto: Reprodução/ PF)
Roberlaine foi presa após ser filmada recebendo propina (Foto: Reprodução/ PF)

Antes de sair da sala, Roberlaine é abordada por um agente da PF que, depois de ver os cheques, dá voz de prisão à funcionária.

Interrogada pelo agente, ela afirma trabalhar “na coordenação de média e alta complexidade” do Ministério da Saúde há três anos, mas nega que estivesse pedindo propina.

Roberlaine está detida na Capital, sem previsão de ser liberada ou transferida. Conforme o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, Edgar Marcon, ela será indiciada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O inquérito será concluído em 15 dias e encaminhado para o Ministério Público Federal, acrescenta Marcon. As investigações devem apontar, ainda, se há outros servidores do Ministério envolvidos no esquema.

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