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Capital

Violentado como "punição", adolescente nega ter cometido furto

Viviane Oliveira e Luciana Brazil | 21/11/2012 21:54
Adolescente nega o furto. (Foto: Simão Nogueira)
Adolescente nega o furto. (Foto: Simão Nogueira)

Depois de ter sido agredido e sofrido violência sexual por um grupo de jovens, como forma de "punição" por um furto que nega ter cometido, o adolescente de 16 anos diz que, agora, quase uma semana depois, a vida "está voltando ao normal", apesar da vergonha de sair de casa depois das imagens da agressão circularem pelo bairro Aero Rancho. Em entrevista ao Campo Grande News nesta tarde de quarta-feira (21) o garoto, ainda com o olho roxo, marcas da agressão que sofreu, afirma ter sido vítima de uma emboscada e nega o furto.

Ele foi agredido e violentado na última quinta-feira (15) no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande. Tudo o que aconteceu foi gravado no celular pelos agressores e as imagens foram distribuídas no bairro. Com o vídeo em mãos os moradores se revoltaram e procuraram a Polícia.

O adolescente contou que no dia da agressão, estava em casa, quando um jovem foi chamá-lo dizendo que os meninos queriam falar com ele. Ao chegar ao local, os garotos o levaram para um quarto e começaram a perguntar onde estavam os produtos que ele havia furtado: um anel, uma corrente e uma capa de chuva.

Ao dizer que não sabia, o adolescente começou a ser agredido. “Três meninos me bateram, depois me colocaram eu um carro, que tinha mais dois jovens, um deles meu amigo, que impossibilitado não pode fazer nada para me ajudar”, disse.

O adolescente diz que foi levado para uma estrada da gameleira e dentro do carro foi obrigado a fazer sexo oral e masturbar um dos jovens. Eles aparentam ter no máximo 19 anos. A informação obtida pelo Campo Grande News indica que o jovem foi violentado sexualmente, mas ele nega.

“A polícia já sabe onde todos eles moram”, disse a irmã, que o acompanhou até a delegacia. Na tarde de hoje o garoto prestou depoimento e passou por exame de corpo de delito, que vai dizer que tipo de violência, inclusive sexual, ele sofreu.

A mãe do adolescente disse que não sabia que o filho havia sido agredido, mas não viu o conteúdo do vídeo que estava circulando no bairro. “Não me deixaram ver as imagens”, afirma.

Ela contou que na quinta-feira o filho chegou em casa de cabeça baixa dizendo que havia brigado. “Só no sábado que fiquei sabendo o que realmente tinha acontecido, mas ele não quis falar sobre o assunto".

A mãe que além do adolescente, tem mais quatro filhos, disse que está muito abalada. “Ele apanhou muito e está com vergonha de sair de casa”, finaliza.

O Campo Grande News teve acesso às imagens, mas optou por não divulgar em razão do conteúdo. O caso será investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil, que não forneceu informações sobre o assunto.

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