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Capital

Vistoria encontra 188 irregularidades em hospital de Campo Grande

Ricardo Campos Jr. | 09/03/2016 15:40
Vigilância encontrou 188 irregularidades no Regional (Foto: arquivo)
Vigilância encontrou 188 irregularidades no Regional (Foto: arquivo)

Falta de profissionais, remédios sem anotação da data de validade, ausência de barreira entre as áreas sujas e limpas na sala de lavagem, leitos insuficientes, paredes descascadas, portas quebradas, fiação elétrica exposta. Esses são alguns dos 188 problemas encontrados pela Vigilância Sanitária no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul em vistoria feita em fevereiro de 2016.

Todos eles se arrastam há mais de um ano. Diante da situação, o MPE (Ministério Público Estadual) recomendou ao Governo Estadual que resolva as irregularidades.

O Executivo tem 60 dias para dizer se vai ou não acatar a solicitação. A promotora Paula Volpe adiantou que acionará a Justiça se for necessário.

“Se eles responderem que vão acatar a recomendação, nós vamos fiscalizar, se não, ajuizaremos uma ação civil pública”, afirma.

Problemas – Algumas situações no hospital são antigas e recorrentes, como por exemplo a baixa quantidade de funcionários para atender os pacientes de forma adequada.

Segundo a promotoria, faltam médicos plantonistas no pronto socorro durante a noite e aos fins de semana e nove técnicos de enfermagem para completar a escala diurna, isso sem contar os enfermeiros.

A permanência de pacientes nos corredores voltou a ser registrada na unidade. “O certo é o leito ficar dentro do ambiente do leito. Ele não é só uma cama, tem que ter suporte. O que eles têm lá é muito aquém da capacidade. Então eles têm vários leitos improvisados”, conta.

Faltam também, segundo Paula, ventiladores pulmonares mecânicos e carrinhos de emergência completos para a sala verde. “A unidade tem que ter toda a infraestrutura para dar suporte à vida dos pacientes”.

Na sala de lavagem, a autoclave não tem exaustão adequada. Além disso, não existe separação entre a área onde chegam os materiais usados e por onde saem os limpos, gerando risco de contaminação.

Com relação à estrutura física, o revestimento de várias paredes havia saído. Alguns banheiros estavam danificados e pela falta de proteção nas janelas, alguns leitos ficavam expostos ao sol.

No posto de enfermagem, havia medicamentos deixados sobre a bancada, quando deveriam estar refrigerados. Além disso, os profissionais não haviam anotado a data em que a substância havia sido aberta e a validade.

Segundo a promotora, essas foram apenas algumas das situações encontradas no local. Os mesmos problemas já haviam sido constatados em uma vistoria feita há um ano pela Vigilância Sanitária. “Os técnicos da Vigilância constataram a inspeção insatisfatória”.

O Campo Grande News entrou em contato com o diretor do Hospital Regional, Justiniano Vavas e com o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, mas nenhum deles atendeu às ligações. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de imprensa do órgão, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.

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