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Capital

Vizinhança reclamam de "descaso" com cemitérios públicos da Capital

Elverson Cardozo | 29/03/2012 09:13
Sujeira e mato alto tomam conta do cemitério Santo Amaro. (Foto: João Garrigó)
Sujeira e mato alto tomam conta do cemitério Santo Amaro. (Foto: João Garrigó)
Situação preocupa moradores. (Foto: João Garrigó)
Situação preocupa moradores. (Foto: João Garrigó)

Se os mortos descansam em paz, os vivos, vizinhos de cemitérios públicos de Campo Grande, não tem a mesma tranquilidade. Mato alto, restos de construção e sujeira tomam conta dos terrenos. Além de preocupante, a situação põe em risco a saúde e segurança dos moradores.

A reportagem do Campo Grande News visitou os três cemitérios públicos da Capital. A julgar pela entrada, nenhum deles levantaria suspeita. O problema está, geralmente, aos fundos dos terrenos, locais onde o mato toma conta e restos de construção e amontoados de lixo se misturam aos jazigos.

No São Sebastião, o antigo cemitério do Cruzeiro, – instalado na avenida Coronel Antonino – sobras de coroas e até garrafas pets se misturam ao mato alto e se transformam em um amontoado de entulhos.

A entrada é até bem apresentável, mas basta alguns passos para notar que nem tudo está em ordem. Fora a má conservação de alguns jazigos, a falta de limpeza é o principal problema.

“Era para estar melhor pela Capital que nós temos”, disse o policial militar aposentado, Renato Eduardo de Almeida, 67 anos, que estava no cemitério. Apesar da queixa, considera que o espaço está “conservado”.

No Santo Amaro a situação é ainda mais flagrante. Não é preciso muito esforço para notar a falta de manutenção. Em meio as flores – aquelas que nascem no mato -, plásticos, restos de construção, galhos, madeiras, papelão, entre outros materiais. A sujeira está por toda a parte. Sem muita preocupação com o visual, as novas covas são abertas ali mesmo.

Moradora da rua Aero Clube, que fica atrás do cemitério, a doméstica Josefa Alves, de 55 anos, está preocupada. “A gente fica pensando que alguém pode entrar aí e se esconder para mexer com os moradores”, afirma.

O risco à saúde também assusta. “Está coberto de mato. Precisa de higiene”, disse. “Pode se esconder algum bicho aí dentro”, acrescenta. O marcineiro Adelio Pizapio, de 44 anos, que mora na mesma rua, afirma que nunca viu ninguém limpando a área.

Novas covas são abertas em meio ao lixo. (Foto: João Garrigó)
Novas covas são abertas em meio ao lixo. (Foto: João Garrigó)

O espaço, avalia, pode servir de esconderijo para criminosos. “Eu acho que a Prefeitura tinha que fazer a limpeza”, relata.

Dos três cemitérios visitados pela reportagem, o Santo Antônio, localizado no quadrilátero formado pelas ruas 13 de Maio, Calógeras, Consolação e Avenida Eduardo Elias Zahran, aparenta ser o mais cuidado, apesar da estrutura do muro estar comprometida por rachaduras. Mas a limpeza também não é das melhores.

O vendedor Wilson Garcia, de 43 anos, que foi ao local para acompanhar o velório de um amigo, afirmou que o espaço está “desleixado”. “Se fosse para dar uma nota de 0 a 10, seria 6 ou 7”, disse.

Muro do cemitério Santo Antônio. (Foto: João Garrigó)
Muro do cemitério Santo Antônio. (Foto: João Garrigó)

Limpeza - A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que vai enviar fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) aos cemitérios citados da reportagem para avaliar a situação.

Caso julgue necessário, o órgão municipal pretende acionar a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) para dar início aos trabalhos de limpeza.

A Taira Prestadora de Serviços, empresa que administra os cemitérios públicos de Campo Grande, informou que faz manutenção diária nos terrenos, mas os trabalhos estão atrasados em decorrência da chuva dos últimos dias.

A empresa informou ainda quem mantém equipes com mais de 10 profissionais em cada um dos cemitérios.

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